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Valor Económico

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Processo de implementação das autarquias locais passa pelo reforço da desconcentração administrativa, uma acção que o Executivo se propõe em realizar ainda este ano.

João Lourenço

O poder autárquico em Angola deverá ser instaurado antes de 2022, anunciou, nesta segunda-feira, 19, em Benguela, o Presidente da República, João Lourenço, que assegurou que o processo vai contar com a participação dos partidos políticos com assento parlamentar e o concurso da sociedade civil organizada.

Para o Chefe de Estado, que falava na abertura da primeira reunião do Conselho de Governação Local, essa medida visa cumprir com o desejo da maioria expressa nas urnas, aludindo que a medida, quando for implementada, vai permitir que o cidadão encontre no seu município a satisfação das suas necessidades básicas.

No entanto, no quadro da implementação das Autarquias Locais devem ser estruturadas equipas técnicas de trabalho encarregues de conduzir e executar as diferentes tarefas. Uma das tarefas das equipas técnicas, segundo o Presidente, é preparar a proposta de legislação básica para o efeito.

Para Março próximo, o Presidente João Lourenço afirmou que pretende convocar o Conselho da República, recém-empossado. A intenção é de auscultar os conselheiros sobre a proposta do Executivo relativa à realização das eleições autárquicas. Em paralelo, deverá decorrer uma sondagem sobre as principais necessidades das populações de um certo número de municípios.

O Presidente entende que o processo de implementação das autarquias locais passa pelo reforço da desconcentração administrativa, uma acção que o Executivo se propõe em realizar ainda este ano.

CARREIRA. Caminho traçado por Mark Zuckerberg até atingir o sucesso foi destacado pela revista Forbes, numa das suas mais recentes edições na versão brasileira. Siga a ‘abordagem única’ do quinto homem mais rico do mundo, em 2017, pela Forbes, até atingir o primeiro milhão.

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‘ÓPTIMAS IDEIAS’ NÃO SÃO TUDO

Mark Zuckerberg, segundo a revista Forbes, teve um papel preponderante na criação do Facebook. Embora os gémeos Winklevoss o tivessem processado por um alegado ‘roubo’ da ideia original para a criação da rede social, “a ideia não era assim tão inovadora”, considera a publicação, acrescentando que “foi a execução de Zuckerberg que fez a diferença”.

Foram os pequenos ajustes e cortes que impulsionaram o Facebook e o colocaram à frente dos seus mais directos concorrentes. Aliás, Zuckerberg explicou-se, mais tarde, numa carta dirigida aos seus investidores.

“Os ‘hackers’ acreditam que algo pode ser sempre melhorado e que nada jamais está completo. As coisas precisam de ser concertadas, muitas vezes, diante de pessoas que afirmam que aquilo é impossível ou que estão contentes com o ‘status quo’”, reforça a Forbes.

Segundo os analistas da Forbes, a melhor maneira de alcançar o sucesso a longo prazo é procurar maneiras de melhorar continuamente. As pessoas não precisam que tudo esteja perfeito no início. Em vez disso, é preciso repetir e falhar rapidamente para que se possa alcançar o sucesso mais cedo.

TRABALHE POR UMA CAUSA

Esta é outra das máximas destacadas pela Forbes, para quem queira ser multimilionário antes dos 30 anos, a exemplo do que ocorreu com o patrão do Facebook. Esta rede social mudou a maneira como hoje as pessoas se interagem, tal como foi o objectivo de Zuckerberg no início. “A minha meta nunca foi apenas criar uma empresa”, disse. “Era construir algo que realmente fizesse grande diferença no mundo.”

Quando alguém procura impacto social, esse alguém estará muito mais próximo de atingir uma grande audiência. “Abrace uma visão maior para a sua empresa. Mudar a maneira como as pessoas fazem as coisas, será mais memorável do que um produto comum”, realça a Forbes.

NÃO SE PRENDA AO PLANO DE NEGÓCIOS

Tal como Zuckerberg defendeu, as pessoas “precisam de estar fartas de trabalhar numa empresa e ficar presas”. Por outras palavras, segundo a análise da Forbes, Zuckerberg quereria deixar a mensagem de que as “pessoas precisam de ser flexíveis nas suas aventuras relacionadas com o empreendedorismo”. Não fique tão preso a uma ideia a ponto de perder melhores oportunidades. O Facebook começou como um ‘hobby’. Se não tivesse funcionado, Zuckerberg teria facilmente partido para outra ‘aventura’. Empreendedores deveriam evitar ficar muito presos a um trabalho ou a um produto em particular. Nunca se sabe como as mudanças de mercado podem afectar o seu negócio. Mantenha a mente aberta para que possa estar mais bem equipado para lidar com os altos e baixos de uma vida no empreendedorismo.

PRIORIZE PESSOAS, NÃO O LUCRO

“Só contratarei alguém para trabalhar directamente para mim se eu chegar à conclusão de que trabalharia para essa pessoa”, disse certa vez Zuckerberg. Essa abordagem, segundo a Forbes, fez com que contratasse funcionários com capacidades diferentes.

“Isso demonstra que nem mesmo as pessoas mais talentosas conseguem o sucesso sozinhas”, conclui a revista.

ESQUEÇA AS PESSOAS NEGATIVAS

Mesmo tendo-se tornado numa das maiores marcas mundiais, a missão do Facebook não mudou muito: “tornar o mundo mais aberto e conectado”. Permanecer fiel à sua visão permite que se conquiste sucesso a longo prazo.

Jat Peters, director da PARK USA, afirma que o foco de Zuckerberg permitiu que o Facebook prosperasse num mundo em que o MySpace e o Friendster já existiam. “Tudo, do design e da linguagem da marca à cultura, deve ser desenvolvido de forma consistente com toda a empresa e a visão de negócios”, explicou, citado pela Forbes, tendo acrescentado que “essa é uma das melhores e mais críticas maneiras de construir uma marca forte e uma proposta de valor para os clientes”.

SEM MEDO DE TIRAR FÉRIAS

Empreendedores acham, às vezes, que precisam de trabalhar sem parar para alcançar o sucesso. Zuckerberg, porém, provou que não é bem assim. O Facebook oferece quatro meses de licença de paternidade remunerada a pais recentes. Ele próprio usou a licença depois do nascimento das filhas. “Tenho certeza de que o escritório estará em pé quando voltar”, disse.

“O seu negócio sobrevive. Tire férias para recarregar baterias quando necessário e evite o sentimento de esgotamento”, aconselham os analistas da Forbes.

 

*Com Forbes Brasil

REDES SOCIAIS. Estudo recente concluiu que 41% das pessoas já saiu com colegas de trabalho, e que um terço das relações que nasceram no trabalho acabou em casamento.

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A partir de agora, os trabalhadores da Google e da Facebook só vão poder aceitar ou recusar um pedido de amizade no Facebook uma vez. As duas empresas chegaram a um novo acordo no que toca à política para relacionamentos e contactos entre os trabalhadores.

Numa altura em que as notícias sobre escândalos de assédio sexual e conduta inapropriada se multiplicam, tanto homens como mulheres podem começar a estar mais preocupados em não arriscar demasiado no que toca a chamar a atenção de algum ou alguma colega no trabalho.

Um estudo do ano passado da Career Builder, um site de emprego, concluiu que 41% das pessoas já saíram com colegas de trabalho, e que um terço das relações que nasceram no trabalho acabou em casamento, adianta a Business Insider.

A responsável jurídica dos recursos humanos da empresa Facebook, Heidi Swartz, declarou que quando um colega responde “não posso esta noite” ou “estou ocupada”, isso conta como um “não”.

Os trabalhadores do Facebook não têm de dizer aos recursos humanos se há alguém na empresa que está a tentar combinar algo fora do ambiente de trabalho, mas se houver um claro conflito de interesses e nenhum dos trabalhadores avisar os recursos humanos será dado seguimento a uma “acção disciplinar”, adianta o site. Para que este tipo de situações não aconteça, é importante que se conheçam as políticas de relacionamento da empresa antes de se sair com algum colega, mesmo para quem não trabalha nem no Facebook, nem no Google.

Brittany Wong explica que há alguns passos a seguir no que toca a convidar um colega de trabalho para sair. Entre outros pontos a ter em conta, Wong recomenda que primeiro se seja amigo do colega de trabalho que se quer convidar para sair, e que inicialmente o convite seja para um simples café. Depois, Britanny Wong acrescenta que, mesmo que a pessoa diga que não, ou que sim, a esse café, não deve ficar um ambiente diferente entre os dois envolvidos — o profissionalismo tem de sair sempre por cima.

COMÉRCIO. São jovens, alguns formados nas universidades, que fazem do calor de Luanda uma forma de negócio. Vendem gelados. O sucesso até dá para criar pequenas empresas e adquirir frotas.

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As altas temperaturas de Luanda levam jovens empreendedores a investirem no comércio de gelados. A facturação é boa, com lucros que, nalguns casos, chegam a alcançar diariamente mais de meio milhão de kwanzas.

Ana de Carvalho Simões, António Manuel e José Afonso são apenas alguns exemplos de jovens que estão a investir nesta área comercial. António Manuel é, entre os três, o que há mais tempo vende. São mais de oito anos que lhe deram para comprar cinco carros, uma pequena frota que tem gelados, em cones ou em copos.

Depois de ter começado como atendedor de gelados, em Luanda há alguns anos, António Manuel cansou-se de ficar atrás do balcão, abandonou o emprego para montar o seu próprio negócio. A procura exacerbada levou o empreendedor a alargar a sua rota. Baptizou o seu produto com o nome de ‘Rabugento’ e, com um financiamento bancário, adquiriu três novas máquinas de gelados.

Hoje conta com cinco caravanas em alguns pontos de Luanda e tem até um gerente, de 26 anos, conhecido por ‘Paizinho’. É ele que contabiliza o meio milhão de kwanzas que a empresa consegue alcançar diariamente. Um valor que, segundo o gerente, não é mais alto por culpa da actuação “arbitrária” da fiscalização que não os tem deixado trabalhar à vontade mesmo com a “documentação em dia.” “Não sei o que querem connosco, é muito triste isso”, desabafa, acrescentando que “andar a vender gelados é um negócio a ter em conta”.

Sem cair

“A vida é feita a andar de bicicleta, se parar você cai”, brinca outro empreendedor. José Afonso já perdeu a conta ao número de vezes que levou tombos no mundo dos negócios. Hoje parece ter encontrado o que procurava há alguns anos. Aos 36 anos, licenciado em Administração Pública pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, vende gelados na rua. Para conseguir o primeiro emprego, matriculou-se no curso de Língua Inglesa. Mesmo assim, as portas não se abriram. Com o apoio financeiro da mãe, há sensivelmente seis anos, optou por “vender gelados no quintal de casa”.

Actualmente, conta com dois pontos de vendas, um no São Paulo e outro no Kilamba Kiaxi e ainda conta com nove vendedores ambulantes que percorrem as artérias da capital com carrinhos-de-mão a vender picolés. “Por dia, ganho 220 mil kwanzas”, afirma.

A história de Ana de Carvalho Simões seria igual à de tantos outros empreendedores se não fosse o facto de ter decidido começar o negócio há cerca de seis meses, depois de uma viagem ao continente asiático. Engenheira de profissão, com 26 anos, garante que vale a pena investir. “Estamos num país tropical que faz calor o ano todo. Mesmo em tempo de frio, as pessoas consomem muito gelado.”

A empreendedora vende ´rolls´, um termo em inglês para ‘rolinhos’. É um gelado asiático que está em expansão por toda a Europa e América e é feito na hora. Por semana, chega a vender mais de 80 gelados. Os preços variam entre os mil e os 1.500 kwanzas consoante os brindes a gosto.

Localizado no restaurante ‘Sabor Milano’, na Maianga, graças a uma parceria com o dono do estabelecimento, a empreendedora conta com cinco trabalhadores, perspectiva abrir um espaço próprio e já ambiciona chegar a outras províncias.

Máquinas caras

Para a compra de uma máquina de fazer gelados, a cone é necessário que o empreendedor invista, pelo menos, cem mil kwanzas. Este é o valor mais baixo para a aquisição de uma máquina em segunda mão, enquanto uma máquina nova chega a custar 900 mil a 10 milhões de kwanzas em algumas lojas de Luanda, dependendo da potência. Em alguns países americanos e asiáticos, locais eleitos por muitos empreendedores angolanos para a compra de máquinas, os preços oscilam entre os mil e 2.500 dólares.

Para a confecção de gelados, os produtos são adquiridos em diversas superfícies comerciais de Luanda e há preços para todos os bolsos, apesar das variações de alguns produtos, com o principal destaque para o leite.

Mas isso é quase insignificante para muitos empreendedores como é o caso de Carla Simões. “Faço gelados com os produtos de época, os meus gelados não têm corantes nem conservantes”, garante.

Os angolanos lideram o ‘ranking’ de turistas que mais efecturaram compras, em Portugal, em 2017, revela o estudo da Tax Free Global Blue, empresa gestora de operações de vendas ‘tax free’ (reembolso de IVA a turistas), em terras lusas, recentemente divulgado.

Compras

O valor médio de compra ‘tax free’, segundo a entidade, aumentou para 269 euros em 2017, comparativamente aos 262 euros do ano anterior, com os turistas angolanos a liderarem as compras, correspondente a 34% do total.

O resultado representa um acréscimo de 30% ao verificado em 2016, embora com uma descida ligeira no valor da compra média (de 256 euros em 2016, para 252 euros em 2017).

Os turistas brasileiros voltam a estar na segunda posição, com 21% do total das compras efectuadas em 2017 e mais 54% que em 2016, tendo feito, em média, compras no valor de 225 euros, mais oito euros do que em 2016. Os chineses surgem em terceiro lugar do ranking, com 14% de quota de mercado e um aumento de 47% no total das compras feitas em 2017. Os asiaticos lideram, assim, o valor da compra média, que subiu para os 642 euros por compra, quando, em 2016, foi de 574 euros.

Os turistas americanos e os moçambicanos surgem em quinto lugar, respectivamente com 4% e 3% do total das compras realizadas, embora com valores médios de compras efectuadas substancialmente mais elevados no caso dos americanos (506 euros, contra os 197 dos moçambicanos).

Em comunicado, a gestora de operações adianta que as vendas ‘tax free’ aumentaram 36% em 2017, face a 2016, sem revelar o valor de vendas alcançado.