Valor Económico

Valor Económico

A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) ecfetuou em Agosto 292 negociações e transacionou 92.300 milhões de kwanzas, permitindo encerrar o mês em alta, indica hoje (5) uma nota do Ministério das Finanças.

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O montante transacionado em Agosto representou um aumento de 30.000 milhões de kwanzas ou cerca de 32,5% em relação a Julho, em que foram transacionados 62.000 milhões de kwanzas, quando se registou uma queda de 28,3% comparativamente a Junho. Em Agosto, a BODIVA negociou no mercado bilateral 48.400 milhões, enquanto no ambiente multilateral registou 43.800 milhões de kwanzas.

No período em referência, os investidores realizaram 292 negócios na BODIVA, sendo o Banco de Fomento Angola (BFA) a instituição que mais negócios intermediou (170).

No total, entre Janeiro e Agosto, a BODIVA realizou 2.557 negócios, que movimentaram 512.800 milhões de kwanzas.

A gestão do processo de emissão e colocação da Dívida Pública no mercado nacional, anteriormente feita pela Unidade de Gestão da Dívida (UGD) passou, desde 21 de Maio, para a responsabilidade da BODIVA.

FINANCIAMENTO. Fundo Monetário Internacional volta a intervir. Desta vez, promete manter os apoios sociais e reforçar o banco central. Pedido do governo foi feito em Maio. Economia argentina tenta travar quedas sucessivas do valor da moeda.

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Um novo acordo de financiamento foi assinado entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o governo da Argentina, prevendo um desembolso de fundos de até 50 mil milhões de dólares para corrigir a alta da inflação do mercado e “restaurar a confiança” dos agentes económicos daquele país sul-americano, de acordo com uma nota do organismo citada pela imprensa internacional.

O desembolso decorre de um pedido de assistência financeira que o país emitiu em Maio, depois de ver reduzido o seu produto interno bruto (PIB), com a saída de investidores dos mercados emergentes.

Parte do envelope financeiro já está nos cofres do Tesouro daquele país, e está calculada em 15 mil milhões de dólares, enquanto outros 35 mil milhões estão previstos ao longo dos três anos, período que deve durar o acordo.

Entre as metas do acordo figura a necessidade de redução da inflação e deve ainda estabelecer “metas mais realistas e reforçar a independência do banco central do país”. “O plano inclui passos para proteger a camada mais vulnerável da sociedade ao manter os gastos sociais se as condições piorarem, ao permitir mais gastos no sistema de seguridade argentino”, declarou o FMI.

O acordo marca uma viragem para a Argentina, que, durante anos, evitou o FMI depois de uma crise económica devastadora entre 2001 e 2002, crise que muitos argentinos atribuíram às medidas de austeridade impostas pelo FMI. A decisão do presidente Mauricio Macri de recorrer ao credor provocou protestos nacionais.

A Argentina tentará, assim, reduzir o seu défice fiscal para 1,3% do PIB em 2019, contra os anteriores 2,2%, antevê Nicolás Dujovne, ministro do Tesouro do governo de Macri.

Do FMI, saíram exigências de um equilíbrio fiscal e um superávit fiscal de 0,5% do PIB até 2020, objectivos que integram o pacote de condições do organismo financeiro internacional ao país de Macri. Já Christine Lagarde, directora-geral do FMI, considera que “esta medida acabará por diminuir as necessidades de financiamento do governo, colocar a dívida pública numa trajectória descendente, além de aliviar um fardo das costas de Argentina”.

A taxa de juros da ajuda do FMIdeverá rondar entre os 1,96% e 4,96%, dependendo de quanto a Argentina usa. “O país deve pagar cada desembolso em oito parcelas trimestrais, com um período de carência de três anos”, impõe o acordo.

Há ainda a obrigação de o governo enviar “uma proposta ao Congresso para reformar a carta do banco central e fortalecer a sua autonomia”, além de que o banco central “vai parar de transferir dinheiro para o Tesouro”, uma prática conhecida localmente como a “pequena máquina”, vista como um dos principais impulsionadores da inflação incessante. “A pequena máquina foi desligada; está desconectada”, disse o governador do banco central, Federico Sturzenegger, em resposta às exigências do organismo.

O apoio do FMI deve reforçar os activos argentinos, que caíram nos últimos meses.

Juros nos 60%

O banco central argentino decidiu, no fim da semana passada, voltar a aumentar a sua taxa de juro de referência de 45% para 60%, em resposta à “actual conjuntura cambial”, marcada pela depreciação do peso. O comité de política monetária daquele supervisor argentino explicou que a medida foi adoptada por unanimidade “perante o risco de um maior impacto na inflação”.

Esta subida dos juros foi decidida apenas 17 dias depois do último aumento de 40% para 45%, que já tinha sido antecedido por outras medidas. O comité compromete-se a manter os juros nos níveis actuais até Dezembro.

O peso caiu durante as intensas negociações nas bolsas estrangeiras, caindo mais de 10%, apesar do movimento da taxa do banco, na queda mais severa da moeda desde que foi lançada em 2015. Até ao último dia da semana passada, um dólar valia mais de 39 pesos, tendo valido aproximadamente 18 pesos no começo

ESTUDO. Revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América afirma que a poluição do ar está a afectar a capacidade cognitiva dos humanos.

POLUIÇÃO

A poluição do ar pode estar a afectar as capacidades cognitivas dos humanos, principalmente dos homens idosos. Um estudo publicado na revista científica da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América, a PNAS, noticiado pela CNN, concluiu que respirar ar poluído causou “uma redução significativa” nos resultados de testes verbais e matemáticos nos sujeitos examinados.

Os investigadores do International Food Policy Research Institute (IFPRI) estudaram os dados de cerca de 32 mil chineses com mais de 10 anos, entre 2010 e 2014, para chegarem a estas conclusões. “Os danos que a poluição do ar tem nos cérebros em crescimento impõem um custo para a saúde e para a economia, tendo em conta que as funções cognitivas são críticas para os mais idosos, tanto no dia-a-dia como em grandes decisões”, conclui Xiaobo Zhang, autor do estudo da Universidade de Pequim.

O mesmo estudo refere também que a redução destas funções cognitivas causada pela poluição do ar pode levar a casos de demência e da doença de Alzheimer. A exposição às emissões poluentes foi medida tendo em conta três emissores (dióxido de enxofre, dióxido de nitrogénio e matéria mais pequena que 10 micrómetros de diâmetro).

Outro dos danos referidos nesta investigação é o impacto para as economias emergentes. “Os danos nas capacidades cognitivas muito provavelmente impedem o desenvolvimento do capital”, diz o autor. Ou seja, os países em desenvolvimento que dependem da criação de fábricas para estimular a economia e, por isso, têm cidades com grandes índices de poluição são penalizados no desenvolvimento do capital humano.

A Organização Mundial da Saúde afirma que nove em cada 10 humanos respiram ar contaminado com grandes níveis de poluição. Os continentes mais afectados são a África e a Ásia. Apesar de este problema cingir-se principalmente neste continente e em grandes cidades, em Janeiro, um outro estudo chegou à conclusão que 75% das mortes relacionadas com poluição do ar na Índia foram em zonas rurais.

CONCURSO. Professora norte-americana, de 31 anos, é a quinta mulher a vencer o concurso internacional desde que se iniciou em 1938. Fazer perguntas à plateia e agir em palco como se estivesse em combate são algumas das técnicas.

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Romona Smith, de 31 anos, sagrou-se, no dia 25, campeã mundial do concurso 2018 de falar ao público, o ‘Toastmaster’. A norte-americana competiu com mais de 30 mil outros palestrantes de todo o mundo durante a competição de seis meses do ‘World Championship of Public Speaking’, a maior do género.

Dez finalistas fizeram discursos para uma multidão de duas mil pessoas em Chicago, nos EUA, durante a Convenção Internacional Toastmasters. Romona Smith é a segunda mulher afro-americana e a quinta mulher em geral a ganhar o campeonato de palestras públicas desde que a competição começou em 1938.

No discurso final, intitulado ‘Still Standing’ (‘Ainda de pé’), durante sete minutos, Romona Smith falou de como superou as várias adversidades da vida.

Em entrevista concedida, posteriormente, ao jornal ‘Business Insider’, a professora do ensino médio de Houston detalhou as técnicas que usou. O primeiro passo para um bom discurso é encontrar o caminho certo para transmitir informações ao público. Recorreu a uma metáfora com a qual muitas pessoas estão familiarizadas (uma luta de boxe), para descrever as várias vezes que se recusou a desistir, apesar de derrubada. Entre estes momentos, destacou o período em que desistiu da faculdade, o divórcio e os seus fracassos iniciais.

“Dor, dificuldade e adversidade são coisas com as quais todo mundo pode lidar, seja na América, na Austrália ou em África”, sublinhou, na entrevista. “Todos nós experimentamos momentos em que sentimos que a vida nos derrubou”, acrescentou.

Durante o discurso, Romona Smith apresentou-se muito animada, balançando os punhos e gesticulando, usando a postura de um pugilista. “Quando subi ao palco, disse: ‘Só vou fazer o que for bom. Vou fazer o que for certo. Não vou importar-me com o que acontece’’”, revelou. “Então cheguei lá em cima e dançava os pés, agindo como um pugilista”, completou.

A vencedora explicou que uma de suas técnicas mais importantes é fazer perguntas ao público e dar aos membros tempo suficiente para responderem. “Conseguem lembrar-se uma vez em que a vida tentou derrubar-vos?” interrogou, por exemplo, durante o discurso. “Quem foi o seu adversário mais difícil?”, foi outra das perguntas.

A técnica atrai o público e permite que se relacione mais com o palestrante, afirmou Smith.

Aprender com os grandes

Romona Smith confessou ter absorvido lições de inúmeros oradores públicos no circuito profissional e no seu clube local Toastmasters. Entre os quais Dananjava Hettiarachchi, um empresário do Sri Lanka que venceu a competição Toastmasters de 2014.

Hettiarachchi recomenda que os palestrantes abram as palmas das mãos para o público para transmitir abertura, algo que Smith fez ao longo do discurso vencedor. “Isso faz com que o público se sinta mais conectado, como se fosse realmente aberto, sou vulnerável e quero dar tudo de mim”, disse ela. “E isso faz parecer relaxada e confortável.” Porém, lembra a vencedora, é preciso depois “colocar a sua própria versão original e ser ousado o suficiente”.

A Toastmasters International é líder mundial em comunicação e desenvolvimento de liderança. A organização tem mais de 357 mil membros, que aprimoram as suas capacidades de conversação e liderança participando num dos 16.600 clubes em 143 países que compõem a rede global de locais para reuniões.

O Presidente da República, João Lourenço, anunciou no sábado (1) a criação de uma comissão multissetorial para o acompanhamento e implementação da Política Nacional do Livro e da Leitura, que será coordenada pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira.

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Segundo uma nota de imprensa da Casa Civil do Presidente da República, a comissão visa, entre outras metas, elaborar e submeter propostas de actos normativos e administrativos de competências do titular do poder executivo, propor e implementar o Plano Nacional de Leitura com o envolvimento dos departamentos ministeriais competentes, assim como apoiar iniciativas que visam conferir ao livro infantil prioridade na política livreira, desde o processo de criação ao de distribuição.

Por outro lado, vai também avaliar e propor medidas que visam o crescimento da indústria livreira, estimular o uso da capacidade gráfica nacional disponível e a concorrência. Além do Ministério da Cultura, a comissão integra também os departamentos governamentais da Indústria, Comércio, Turismo, Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Comunicação Social, Educação, Ação Social, Família e Promoção da Mulher.

Os secretários do Presidente da República para os Assuntos Sociais, de Comunicação Institucional e de Imprensa, bem como o director do Gabinete de Quadros também fazem parte da comissão.