Angola continua sem códigos de barras
Angola continua sem um código de barras próprio depois de anos a serem avançadas datas para que o país deixasse de usar códigos de barras de países como Portugal, Brasil e África do Sul.
A última previsão foi apontada pelo ministro da Economia e Planeamento, Sérgio Santos, para este ano, na terceira Assembleia-Geral Ordinária da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA), o ano passado.
Ontem no ‘Briefing’ bi-semanal realizado pelo Ministério da Economia e Planeamento, o secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João, revelou que é um “pouco desconfortável ver um produto nosso que sai de Angola para outro país e lá a cadeia de distribuição nota que o código de barras não é angolano”
O secretário de Estado explicou que ter um código de barras angolano pretende “estritamente do sector privado”, mas que o público tem todo “interesse em ver os nossos produtos munidos de códigos de barra”. "É mais no sentido de incentivar de o sector privado a se organizar para que possamos ter este elemento de dignidade da nossa produção nacional”, afirmou Mário Caetano João
Em 2014, com a implementação do programa ‘Feito em Angola’, o Ministério da Economia deu o primeiro passo e submeteu ao GS1 (Global Standard) – o Sistema de Normas Globais de Identificação e Codificação de Bens e Serviços mais utilizado no mundo - o processo de criação do código, mas a instituição sedeada em Bruxelas fez exigências que o país ainda não cumpriu. Além de um mínimo de 500 assinaturas de operadores e produtores económicos, a GS1 obriga à criação de um órgão de raiz, em que não haja a ‘mão visível do Estado’.
O código de barras é uma ferramenta que facilita o controlo quer de ‘stocks’, quer da identificação dos produtos (autêntico bilhete de identidade), origem e a própria ficha técnica.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...