E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana marcada a nível internacional pelo pequeno Muhammad al Hallaq que estava a jogar futebol depois de vir da escola, como porventura fazia ao longo de grande parte dos seus apenas 10 aninhos, quando foi abatido a tiro por um soldado israelita que disparou indiscriminadamente a partir de um carro e o matou. Muhamad, cujo crime foi nascer no sítio errado, junta-se a mais de 20 mil crianças mortas e aos pelo menos 67 mil novecentos e sessenta e sete mortos contabilizados desde que Israel deu início ao genocídio que leva a cabo aos olhos do mundo com a complacência de muitos líderes mundiais com raras e corajosas excepções.
África também marcou a actualidade mundial com a re-eleição de Paul Biya aos 92 anos, nascido em 1933, ele que está na presidência dos Camarões desde 1982. É o segundo líder há mais tempo colado à cadeira presidencial, só suplantado por Teodoro Obiang Nguema, de 83 anos, presidente da Guiné-Equatorial e que tomou posse um mais ou menos um mês antes do camaronês. África é um caso de indubitável estudo. O recém-eleito não só estava de viagem a cerca de um mês antes do pleito, certamente para cuidados de saúde vitais para aquele corpo nascido no ano em que Hitler subiu ao poder e que mal se deve poder mexer, como durante a campanha fez comícios em que em vez da sua presença estiveram bonecos tipo marioneta gigante com a sua imagem de provavelmente há duas ou três décadas e fotos com a mesma idade.
Nós angolanos, e o resto do mundo mais atento e que testemunhou o que aconteceu ao presidente José Eduardo dos Santos assim que deixou a presidência para o seu sucessor, sabemos bem por que é que esses mais velhos não saem da cadeira... Sair para ser perseguido? Humilhado? Maltratado? Até luz ameaçarem cortar?! Antes morrer na cadeira! O país que se vire, e a democracia que se dane.
África ainda marcou o mundo porque, ao contrário da velharia no outro extremo, tivemos a juventude do Madagáscar a pôr termo à presidência do também jovem Andry Rajoelina, que fugiu do país por temer pela vida, após semanas de protestos que se intensificaram depois de as forças da ordem, sob o comando do presidente, matarem cerca de 20 manifestantes…
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