Produtores de sabão artesanal sufocados com os preços das matérias-primas
EMPREENDEDORISMO. Alto custo dos materiais essenciais para a produção de sabão artesanal, como soda cáustica, açúcar e óleo vegetal usado, tem sido a principal dificuldade dos fabricantes. Subsistem no negócio, enfrentando também a concorrência dos produtos industrializados.
Eencarecimento das principais matérias-primas e o surgimento de mais produtos industrializados no mercado estão a apertar as contas de produtores de sabão artesanal que vêm no negócio, um escape para a pobreza que atinge muitas famílias.
Muito comum nos mercados de Luanda e em algumas cantinas, o sabão artesanal é uma alternativa de sustento para pequenos empreendedores. A sua produção, outrora considerada de baixo custo, tornou-se mais cara com o aumento dos principiais produtos para a sua confecção.
Na generalidade, para a confecção deste produto, utiliza-se óleo vegetal (utilizado ou não), soda cáustica, açúcar, sal, gordura suína, água e algumas fragrâncias naturais e artificiais, dependendo da receita de cada fabricante. O sabão é comercializado a 1.200 kwanzas e vendido, aos pedaços, a 200 kwanzas.
Só que os preços de algumas dessas matérias-primas dispararam. Por exemplo, a soda cáustica, até 2021, rondava os 900 kwanzas por quilo, agora passou para 1.500 kwanzas, registando um aumento de 66.66%. O açúcar saiu de 800 kwanzas para 1.300, uma subida de 62.5%. Já o óleo vegetal (o preferido) e adquirido em restaurantes, cada 20 litros rondava os 7.500 kwanzas, passou a custar entre os 12 e os 15 mil kwanzas.
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