RANKING DA FORBES PARA 2019

Reino Unido eleito melhor país para negócios

14 Jan. 2019 Valor Económico Gestão

DISTINÇÃO. Depois de ter figurado em 5. º, em 2017, o Reino Unido arrebatou, pelo segundo ano consecutivo, o título de melhor país para negócios da edição 2019 do ‘ranking’ da Forbes. Angola posiciona-se na 138.ª posição.

 

Reino Unido eleito melhor país para negócios

Apesar das incertezas em que se encontra mergulhado, devido à saída da União Europeia, o Reino Unido recebeu a distinção da Forbes como o melhor país para se investir. A revista justifica a distinção pelo facto de o Reino Unido se manter aberto aos negócios, sem descurar, no entanto, todo um sistema legal rigoroso e forte. “Para estar aberto aos negócios, é preciso um sistema legal forte, a adopção total dos direitos de propriedade e regras e regulamentos claros. A baixa corrupção também é vital para uma economia que funcione bem”, sublinha Mark Zandi, economista-chefe da Moody’s Analytics, citado pela imprensa londrina.

Esses factores constituem alguns dos requisitos com os quais a Forbes trabalha para eleger os melhores países para negócios. Aliado aos aspectos já descritos, o ‘ranking’ leva ainda em consideração o potencial que cada país tem para formalizar acordos, bem como a capacidade para captar investimento de capital.

Os melhores países para os negócios foram determinados e listados em 15 itens diferentes, incluindo direitos de propriedade, inovação, impostos, tecnologia, corrupção, liberdade (pessoal, comercial e monetária), burocracia e protecção ao investidor. Outras métricas incluíram força de trabalho, infra-estruturas, tamanho do mercado, qualidade de vida e risco. Cada categoria foi igualmente ponderada. A Europa domina grande parte do ’ranking’ em 2019. Nesta edição, Angola figura na posição 138, à frente de muitos países africanos como a República Democrática do Congo (posição 150), Chade (157), Guiné-Equatorial (158), República do Congo (160), entre outros.

Reino Unido

O Reino Unido é a 5ª economia mundial e a 2ª da União Europeia, de acordo com o Banco Mundial. O país foi o 4º importador mundial de bens (2º europeu) e o 6º de serviços (4º europeu) em 2016. Destaca-se ainda como 2º exportador mundial de serviços (1º europeu) e 10º de bens (5º europeu). No turismo, o Reino Unido encontra-se também entre os 10 principais mercados mundiais.

Suécia

O país aparece entre os primeiros no ‘ranking’ dos melhores lugares para empreender no mundo. Para atingir esses resultados, nas duas últimas décadas, a Suécia passou por transformações de leis. Reduziu os benefícios a desempregados e de invalidez para estimular mais o emprego e, com isso, gerou uma redução de impostos.

Hong Kong

O governo está a investir forte no ramo de ‘fintech’, termo utilizado para designar tudo quanto está relacionado com a tecnologia financeira, enquanto as empresas procuram cada vez mais atrair especialistas estrangeiros no ramo das telecomunicações e tecnologias de informação. Como um dos principais pólos financeiros do mundo, Hong Kong acolhe os escritórios regionais de grandes empresas internacionais como JP Morgan Chase, Disney, IBM e Estée Lauder.

Holanda

A Holanda assinou uma série de tratados de dupla tributação, que permitem beneficiar os rendimentos de empresas que operam tanto localmente como num outro país que tenha rubricado o tratado, com taxas de impostos preferenciais. Além do sistema tributário atractivo, o país também possui um sistema legal transparente que permite aos investidores lidar facilmente com qualquer requisito legal que possa surgir durante as transacções comerciais, como questões tributárias, patentes ou marcas registadas.

Nova Zelândia

Distante das potências económicas e com menos de cinco milhões de habitantes, a Nova Zelândia teve de se abrir para o mundo e investir em inovação para ganhar relevância comercial. Os últimos dois anos comprovaram o sucesso dessa abordagem. O país posicionou-se, por duas vezes seguidas, em 1º no ‘ranking’ Doing Business, elaborado pelo Banco Mundial para medir o ambiente de negócios em 190 países e acumula exemplos em termos de legislação e densidade de ‘startups’.

                                                                                                                                                                                              *com Forbes