Angola faz segunda emissão de ‘eurobonds’ ainda este mês
Angola prevê lançar ainda este mês a segunda emissão de 'eurobonds', ou dívida soberana em moeda estrangeira, que deverá rondar os 2.000 milhões de dólares, contando com o apoio, entre outros, do Goldman Sachs.
A informação foi confirmada hoje (14), pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, em declarações à imprensa, tendo indicado também que o Deutsche Bank e o ICBC (China) integram o consórcio de bancos que lideram esta operação, tal como a idêntica, realizada em 2015.
"O processo de emissão de ‘eurobonds' está previsto ainda para o mês de Fevereiro. Há um conjunto de bancos que estão a trabalhar com o Ministério das Finanças na preparação dessa emissão", disse o ministro, que falava após a aprovação final, no parlamento, da proposta de lei do Orçamento Geral do Estado para 2018.
Esta emissão surge numa altura em que a dívida pública governamental (que exclui a contraída pelas empresas públicas angolanas), já ultrapassou o equivalente a 67% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo dados de Janeiro do Ministério das Finanças.
A despesa do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018 - aprovado hoje na Assembleia Nacional -, com a dívida pública é uma das maiores preocupações admitidas pelo Governo, que assume o objectivo, segundo o ministro das Finanças, Archer Mangueira, de "alterar a actual trajectória", através de um "exercício de consolidação fiscal".
O Estado estreou-se na emissão de ‘eurobonds' em Novembro de 2015, angariando então, no mercado externo, cerca de 1.500 milhões de dólares, através de um consórcio de bancos liderado pelo norte-americano Goldman Sachs International e que incluiu ainda o alemão Deutsche Bank e os chineses da ICBC International.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...