Antigo inspetor-geral da ANIESA defende que o Governo esteve “bem” na refundação da instituição, mas que a medida tardia “lesou o ambiente de negócios”
O antigo inspetor-geral da Autoridade Nacional de Inspeção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA), Diógenes de Oliveira considera que o Governo "esteve muito bem" embora a decisão seja "tardia" na reformulação da Autoridade Nacional de Inspeção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) e de criar uma nova entidade para inspecções, no sentido de evitar a sobreposição das fiscalizações e de concentrar numa única instituição as vistorias económicas, embora a decisão seja "tardia".
Diógenes de Oliveira acredita que com essa decisão “que já vem sendo discutida desde 2021” acaba a sobreposição das inspecções que já lesou o ambiente de negócios que Angola precisava."Esta nova medida visa melhorar o ambiente de negócios e contribuir para que os próprios comerciantes sejam mais capacitados e responsáveis, pois eles também são consumidores.", defende o também antigo líder do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC).
Diógenes de Oliveira lembrou que, no tempo em que liderou a ANIESA, houve “atropelos, omissões, lacunas e brechas que facilitavam a falta de compreensão dos profissionais da ANIESA e também dos comerciantes”. Sublinhou também a falta de quadros para vários sectores que a ANIESA tinha de inspecionar, como a saúde, ambiente e turismo, por exemplo. “A realidade vivenciada na altura dava conta da falta de quadros especializados nessas áreas. Por exemplo, para o sector da saúde tem de ser um especialista em saúde, ambiente em ambiente. Ambiente não é lixo, é o seu todo, e saúde idem.”
Hoje, o Governo decidiu extinguir o INADEC. Para Diogénes de Oliveira, a instituição podia continuar a defesa dos consumidores como um departamento dentro da ANIESA.










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