Falta de escoamento coloca em risco mais de quatro toneladas de alho
Mais de quatro toneladas de alho colhidas pelas famílias camponesas em Mavinga, no Cuando Cubango, correm o risco de se deteriorar por falta de escoamento.
Em declarações à imprensa, a produtora de alho no sector de Licua, Albina Chilombo, disse existir muitas quantidades de alho em posse de famílias camponesas que não têm como escoar, por causa dos maus estado das estradas que dão acesso às zonas comerciais.
A produtora afirmou que os camponeses de Licua e outras aldeias lamentam o actual estado de degradação das estradas na região, uma situação que tem provocado a deterioração de centenas de toneladas de produtos diversos do campo, a exemplo do alho que já está a germinar sem possibilidade de voltar a ser lançado a terra.
Albina Chilombo deu a conhecer que quando não chove tem recorrido ao mercado do Rundu, República da Namíbia, numa viagem de carroças com duração de três a cinco dias, onde adquirem bens industriais num sistema de permuta.
A camponesa justificou a preferência dos camponeses pelos mercados namibianos e zambianos por causa do mau estado das vias de acesso por estrada entre a comuna do Licua e outras regiões do Cuando Cubango, devido às cheias que se registam nos últimos dias e que dificultam a circulação.
Na campanha agrícola 2019/20 foram colhidas mais de 100 toneladas de alho no Pólo Agropecuário do Licua, produção absorvida pelos mercados da Namíbia e da Zâmbia.
Angop/VE
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