COMÉRCIO. Presidente da Unaca afirma que escassez se deve à fraca produção e aponta a falta de indústria transformadora como principal entrave. Economista associa escassez às chuvas constantes, aos preços das sementes e às dificuldades de acesso às divisas. 

Desde Dezembro do ano passado que o preço do tomate nacional aumentou até 66,6% nos mercados informais, com a caixa de 30 quilogramas a ser comercializada até 30 mil kwanzas, face os 18 mil kwanzas que era vendida até Novembro do ano passado.  

O Valor Económico efectuou uma ronda nos mercados do 30, Catinton, Asa Branca e Kikolo, todos em Luanda, e apurou que a alteração nos preços se deve à fraca produção. “A maioria dos produtores prefere não arriscar a produzir, em função das cheias e do receio de virem a perder os investimentos”, explicou um dos vendedores.

Para se ter uma ideia, no Mercado do 30, uma caixa de tomate de 30 quilogramas, que até Novembro custava entre 17 e 18 mil kwanzas, está a ser vendida a entre 28 e 30 mil kwanzas, representando aumentos que variam de 64,7% a 66,6%. 

Situação semelhante regista-se nos mercados do Asa Branca e do Catinton. A caixa de 25 quilogramas, que costumava a ser comercializada entre 11 e 13 mil kwanzas, dependendo da qualidade e origem, passou a custar de 16 a 19 mil kwanzas. Em relação às caixas de 15 quilogramas, quem pretender comprar actualmente deve desembolsar 10 a 14 mil kwanzas, quando em Novembro custavam entre 9 e 10 mil kwanzas. Ou seja, registaram-se aumentos de entre 12% e 40%. 

Noutra modalidade da venda a grosso, mais concretamente a venda em baldes usados normalmente para conservar líquidos, os preços variaram entre 38 e 50%. Ou seja, o balde de cinco litros está a ser comercializado de 7 a 9 mil kwanzas contra os anteriores 5 e 6 mil kwanzas. Já o tomate comercializado em baldes de três litros, que anteriormente custavam entre 1,8 e 2 mil kwanzas, estão agora a ser comercializados entre 2,5 e 3 mil kwanzas, com aumentos de entre 38,8% e 50%. 

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