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Qual o valor do Canal de Ética para as organizações?

29 Jan. 2020 Opinião

Actualmente, observam-se elevadas perdas nas organizações, associadas a lacunas na forma como a integridade é promovida. Para além dos elevados custos financeiros, o “Europe, Middle East, India and Africa Survey da EY” verificou que as preocupações das organizações relativamente a comportamentos antiéticos dos seus colaboradores são cada vez maiores. Se por um lado existe uma baixa conscientização relativamente a estes canais, por outro verifica-se que um número significativo de colaboradores prefere reportar as suas preocupações externamente, independentemente da existência de um canal ou tratamento interno de eventuais denúncias.

Para mais, o estudo recente da Association of Certified Fraud Examiners confirmou a necessidade de as organizações implementarem mecanismos adequados, dado que 46% dos casos de fraude são identificados através de um canal de ética.

Dados estes desafios, qual a importância e o impacto de implementar um Canal de Ética?

De facto, as organizações têm vindo a verificar a importância em detectar e conseguir dar uma resposta eficaz a potenciais situações irregulares. Antes de, eventualmente, a “preocupação” se tornar pública, é essencial ter a capacidade de poder identificá-la e tratá-la da forma correcta e proporcional.

Para tal é necessário que existam mecanismos disponíveis para que estas situações possam ser reportadas. Assim, o Canal de Ética deve:

 Ser um método eficaz de detecção de potenciais comportamentos não éticos;

 Estar devidamente publicitado e divulgado;

 Garantir a confidencialidade e a não retaliação;

 Permitir o registo e encaminhamento do processo de forma ágil;

Garantir o anonimato e permitir a comunicação bidirecional.

Coloca-se então a pergunta de quais os melhores meios para promover um Canal ágil.

Se uma linha telefónica ainda surge como um dos meios mais utilizados, as tendências para implementar ferramentas web-based não só se têm vindo a desenvolver como a inovar na forma de reporte. Este fenómeno prende-se com o elevado custo de uma estrutura telefónica e com o acesso cada vez maior à tecnologia. No apoio que a EY dá aos seus clientes, confirma-se esta tendência. Na nossa experiência, verificamos que as empresas preferem ter sempre uma ferramenta que poderá ser, ou não, apoiada por um serviço de call-center. Este sim é o valor essencial para a organização: ter a capacidade de antecipar e responder proactivamente às situações com impacto organizacional, financeiro, legal e reputacional. A EY é o parceiro certo para ajudar na implementação, triagem e investigação em “outsourcing” ou “co-sourcing” deste tipo de ferramentas que se observam em diversos casos de sucesso e na vasta experiência em projectos desta natureza com clientes em vários sectores.