Os negócios de Leo Messi fora dos relvados
INVESTIMENTOS. A bola continua a rolar no Mundial da Rússia e, na série de artigos relacionados com os negócios dos ‘craques’ do futebol, o VE retrata a ‘veia’ empresarial de Leonel Messi, que vai desde as imobiliárias à restauração. Ao contrário de Cristiano Ronaldo, Leo Messi é apontado como sendo mais reservado quanto ao mundo dos negócios. Não se esforça, por exemplo, para ter a sua imagem associada à venda de cuecas, ténis e perfumes, como faz o futebolista português, preferindo investir em propriedades. Já com um registo significativo de investimentos, em Junho do ano passado, o avançado argentino deu mais uma vez prova disso, ao adquirir um hotel de quatro ‘estrelas’ em Sitges, Barcelona, por 30 milhões de euros. O empreendimento foi construído em 2013 e pertencia, segundo o jornal ‘El Pais’, ao empresário local Francisco Sánchez. Possui 77 quartos, 300 metros quadrados dedicados a espaços comuns, um ‘spa’ com um circuito de hidroterapia e um terraço com piscina e bar com vista panorâmica para a cidade. Em Outubro, o ‘craque’ argentino estendeu os investimentos à área do entretimento, ao aplicar cerca de 170 milhões de euros na criação do Messi Experience Park, na cidade chinesa de Nanjing, um espaço de diversão dedicado a si, com data de abertura marcada para princípios de 2020. Ainda no imobiliário, possui outros activos, como a zona exclusiva ao lado do rio Paraná, na América do Sul. Apelidado de ‘Azahares’, o espaço está equipado com um heliporto, várias piscinas, 600 metros de praia e campos de futebol, ténis e voleibol. O avançado argentino é ainda o dono do bar mais caro da Argentina, situado igualmente junto ao rio Paraná, embora seja considerado, por observadores, mais um cliente do que um gestor. Na terra natal, em Rosário, Leonel Messi é proprietário de uma empresa imobiliária que se dedica à venda de imóveis de luxo, um pouco por todo o mundo. Mas os negócios do camisa 10 do Barcelona e da Argentina não se ficam por aqui. Tem também uma linha de guloseimas, através de uma parceria com a Marengo, e outra de vinhos, através da San Valentín Bianchi de Mendoza, que dá pelo nome de ‘Leo, essência criadora’. Mas o mais conhecido trabalho de Messi fora dos relvados é possivelmente a fundação a que dá o nome. Desde 2007, que a instituição se dedica a apoiar crianças carenciadas com bolsas de estudo, cuidados de saúde e formação desportiva. PATROCÍNIOS MIL Para gerir a imagem, o vencedor de cinco ‘Bolas de Ouro’ tem a sua própria empresa, a Leo Messi Management, que gere todos os contratos publicitários onde se destaca com a responsável pelas chuteiras, a Adidas. Ainda antes do Mundial da Rússia, em Fevereiro, assinou outros contratos. Após ter sido anunciado, como embaixador da Alfa Bank, o maior banco privado da Rússia, Leo Messi juntou outra marca no seu portfólio de parcerias, transformando-se no rosto da Mengniu Group, de origem chinesa. Pelo acordo, a fabricante de produtos lácteos da China, que é também parceira da FIFA no Mundial de 2018, está a utilizar a imagem do jogador para promover a venda de 27 produtos entre iogurtes, gelados, leite em pó, durante a competição. Consta que até, ao final do ano, altura em que deverá estar vencido o acordo, a Mengniu invista 300 milhões de dólares só em campanhas de marketing. A escolha de Messi, segundo um estudo da China Digital Football Awards, deveu-se ao facto de o ‘craque’ argentino ser o jogador com mais influência online em território chinês, tendo conseguido o registo de mais de um milhão de seguidores só em 2017, tendo ultrapassado o anterior líder, Cristiano Ronaldo. O atleta rubricou também um acordo, em 2016, com a chinesa Huawei, possuindo ainda contratos do mesmo género com a Tata Motors, Gillette, Gatorade, Ooredoo, EA Sports, Space Scooter, Pepsi e Turkish Airlines. Segundo a revista Forbes, Messi arrecada cerca de 67,3 milhões de euros por ano, sendo 20 milhões em patrocínios.
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