ANGOLA GROWING
António Nogueira

António Nogueira

INVESTIMENTOS. A bola continua a rolar no Mundial da Rússia e, na série de artigos relacionados com os negócios dos ‘craques’ do futebol, o VE retrata a ‘veia’ empresarial de Leonel Messi, que vai desde as imobiliárias à restauração.

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Ao contrário de Cristiano Ronaldo, Leo Messi é apontado como sendo mais reservado quanto ao mundo dos negócios. Não se esforça, por exemplo, para ter a sua imagem associada à venda de cuecas, ténis e perfumes, como faz o futebolista português, preferindo investir em propriedades.

Já com um registo significativo de investimentos, em Junho do ano passado, o avançado argentino deu mais uma vez prova disso, ao adquirir um hotel de quatro ‘estrelas’ em Sitges, Barcelona, por 30 milhões de euros.

O empreendimento foi construído em 2013 e pertencia, segundo o jornal ‘El Pais’, ao empresário local Francisco Sánchez. Possui 77 quartos, 300 metros quadrados dedicados a espaços comuns, um ‘spa’ com um circuito de hidroterapia e um terraço com piscina e bar com vista panorâmica para a cidade.

Em Outubro, o ‘craque’ argentino estendeu os investimentos à área do entretimento, ao aplicar cerca de 170 milhões de euros na criação do Messi Experience Park, na cidade chinesa de Nanjing, um espaço de diversão dedicado a si, com data de abertura marcada para princípios de 2020.

Ainda no imobiliário, possui outros activos, como a zona exclusiva ao lado do rio Paraná, na América do Sul. Apelidado de ‘Azahares’, o espaço está equipado com um heliporto, várias piscinas, 600 metros de praia e campos de futebol, ténis e voleibol.

O avançado argentino é ainda o dono do bar mais caro da Argentina, situado igualmente junto ao rio Paraná, embora seja considerado, por observadores, mais um cliente do que um gestor. Na terra natal, em Rosário, Leonel Messi é proprietário de uma empresa imobiliária que se dedica à venda de imóveis de luxo, um pouco por todo o mundo. Mas os negócios do camisa 10 do Barcelona e da Argentina não se ficam por aqui. Tem também uma linha de guloseimas, através de uma parceria com a Marengo, e outra de vinhos, através da San Valentín Bianchi de Mendoza, que dá pelo nome de ‘Leo, essência criadora’.

Mas o mais conhecido trabalho de Messi fora dos relvados é possivelmente a fundação a que dá o nome. Desde 2007, que a instituição se dedica a apoiar crianças carenciadas com bolsas de estudo, cuidados de saúde e formação desportiva.

PATROCÍNIOS MIL

Para gerir a imagem, o vencedor de cinco ‘Bolas de Ouro’ tem a sua própria empresa, a Leo Messi Management, que gere todos os contratos publicitários onde se destaca com a responsável pelas chuteiras, a Adidas.

Ainda antes do Mundial da Rússia, em Fevereiro, assinou outros contratos. Após ter sido anunciado, como embaixador da Alfa Bank, o maior banco privado da Rússia, Leo Messi juntou outra marca no seu portfólio de parcerias, transformando-se no rosto da Mengniu Group, de origem chinesa.

Pelo acordo, a fabricante de produtos lácteos da China, que é também parceira da FIFA no Mundial de 2018, está a utilizar a imagem do jogador para promover a venda de 27 produtos entre iogurtes, gelados, leite em pó, durante a competição.

Consta que até, ao final do ano, altura em que deverá estar vencido o acordo, a Mengniu invista 300 milhões de dólares só em campanhas de marketing. A escolha de Messi, segundo um estudo da China Digital Football Awards, deveu-se ao facto de o ‘craque’ argentino ser o jogador com mais influência online em território chinês, tendo conseguido o registo de mais de um milhão de seguidores só em 2017, tendo ultrapassado o anterior líder, Cristiano Ronaldo.

O atleta rubricou também um acordo, em 2016, com a chinesa Huawei, possuindo ainda contratos do mesmo género com a Tata Motors, Gillette, Gatorade, Ooredoo, EA Sports, Space Scooter, Pepsi e Turkish Airlines. Segundo a revista Forbes, Messi arrecada cerca de 67,3 milhões de euros por ano, sendo 20 milhões em patrocínios.

REGULAMENTAÇÃO. Ordem dos Advogados de Angola deverá aprovar, em breve, uma proposta de regulamento de acesso à advocacia. Entre as novidades, novo instrumento determina a gratuitidade dos estágios para candidatos a advogados.

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A Ordem dos Advogados de Angola (OAA) prepara-se para aprovar um novo regulamento em que se destaca a gratuitidade do estágio para candidatos ao exercício da profissão, “prevendo-se a aplicação de sanções aos patronos que eventualmente actuem em desconformidade”.

A proposta de regulamento, pelo que consta, apresenta, grosso modo, o regime de acesso à advocacia, “complementando, assim, os princípios consagrados na Lei da Advocacia e nos Estatutos da OAA, consolidando os regulamentos já existentes e aditando novas regras”. As propostas estão em consulta pública e, na passada sexta-feira, realizou-se na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, a última sessão. O processo, que arrancou no passado dia 8 de Junho, na Universidade Gregório Semedo, em Luanda, já percorreu também Cabinda, Lubango (Huíla), Huambo e Benguela, para a apresentação e recolha de contribuições dos associados.

O objectivo é que o documento seja finalmente aprovado durante a reunião da Assembleia-Geral da OAA que, conforme previsto, deverá realizar-se em breve. O regulamento em discussão estabelece também as regras gerais sobre o exame nacional de acesso à Ordem dos Advogados de Angola, a inscrição de advogados estagiários, o estágio de advocacia, incluindo a formação inicial obrigatória para estagiários, nomeadamente, os direitos e deveres dos formandos e as regras sobre a inscrição.

O documento traz, no entanto, outras novidades. Proíbe, por exemplo, que um advogado assuma a direcção do estágio de mais de 10 estagiários em simultâneo ou durante o período em que decorrer o respectivo aprendizado.

A clarificação do número mínimo de processos em que o advogado deve intervir para a conclusão do estágio é outra das novidades que o diploma acarreta, sendo que, em relação a este particular, “a redacção anterior era dúbia, levando a apresentação inclusive dos simples requerimentos como peças”.

À luz do novo regulamento, passa a existir igualmente regras claras relativas ao trabalho sobre ética e deontologia a ser apresentado no final do estágio.

Na formação inicial obrigatória, passam a existir períodos específicos para a realização das matrículas dos três ciclos de formação anual, bem como as datas para a sua realização.

O novo regulamento determina também que o uso da toga em todas as cerimónias e o juramento passa a ser obrigatório para advogados e estagiários.

Por outro lado, vai deixar de existir um regime sancionatório específico para os estagiários durante o período de formação, submetendo-se as infracções aí cometidas ao regime disciplinar comum, contido nos Estatutos da OAA e no Regulamento de Disciplina.

INVESTIMENTOS. Em meio da azáfama do Mundial que decorre na Rússia, Cristiano Ronaldo continua a crescer no mundo dos negócios. Já tem um universo empresarial que aumenta de forma acelerada. Sucesso é ensombrado pelas fugas ao Fisco que lhe valeram uma multa de 13 milhões de euros.

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Cinco vezes melhor jogador do mundo, quatro vezes futebolista do ano da Europa, uma vez campeão da Europa, cinco vezes vencedor da Champions-League, duas vezes campeão de Espanha, uma vez vencedor da Taça de Inglaterra e quatro vezes da Bota de Ouro.

Esta é apenas parte do invejável palmarés do craque português Cristiano Ronaldo, de 33 anos, que, no Mundial da Rússia, continua a fazer valer os títulos já conquistados, tendo-se destacado como o melhor marcador da primeira série da prova com quatro golos rubricados (até antes do jogo contra o Irão).

Mas, nos últimos anos, o futebolista tem revelado que não é apenas craque nos relvados, mas também no mundo dos negócios, área onde, desde 2013, tem estado a apostar forte em ramos que vão desde a restauração a redes de hotéis, cosméticos (perfumes) e vestuário.

Aliás, foi neste último segmento em que Cristiano Ronaldo se estreou nos negócios, quando começou a comercializar produtos com a marca CR7. Na altura, a aventura recaiu sobre uma colecção de roupa interior e meias com nome próprio. Depois, foi a vez dos cosméticos, mais concretamente perfumes. A estreia do craque arrancou com o lançamento, em 2015, da marca de perfume ‘Legacy for Men’ a um preço inicial unitário de 29 euros.

Além do perfume, a colecção ‘Cristiano Ronaldo Legacy’, que se compra nos sites ‘Cristiano Ronaldo fragrances’ ou na Amazon, conta ainda com ‘after-shaves, desodorizantes e gel de banho.

A aposta a seguir ocorreu na área dos vestuários com o lançamento da linha CR7 Denim. A colecção apresenta vários modelos em ganga como calças, calções, camisas e blusões de diferentes cores, que variam entre os 50 e os 130 euros, e destinam-se ao cliente masculino entre os 18 e os 30 anos.

De acordo com a imprensa espanhola, esta colecção, cujo valor de investimento não foi revelado, resulta da parceria entre Ronaldo e a empresa Uniti Fashion, com sede na África do Sul, que desenhou e produziu as peças.

Ainda nessa área, o futebolista investiu também numa colecção de ‘t-shirts’, tendo-a baptizado com o nome ‘CR7 shirts’. O norte-americano Richard Chai é o responsável pelo desenho.

Em 2016, seria então a vez de o português investir em calçados, tendo lançado, o ‘CR7 footwear’, uma colecção cujos preços por cada par variam entre os 99 e os 549 euros.

ESTRATÉGIAS DE NEGÓCIOS

De acordo com a imprensa lusa, uma das estratégias de investimento de Cristiano Ronaldo tem passado pela associação a marcas fortes. Aconteceu, por exemplo, com o grupo hoteleiro Pestana, com o qual começou por abrir um hotel no Funchal, ilha da Madeira, terra onde nasceu e que já o homenageou dando o seu nome ao aeroporto local.

A segunda unidade da rede hoteleira abriu em Lisboa e prevê-se ainda que, este ano, ineugure um terceiro hotel em Madrid, na Gran Via. O projecto é uma parceria com o também empresário português José Theotónio, com quem investiu cerca de 75 milhões de euros.

A Pestana, rede familiar com mais de 90 hotéis de alto nível, espera que a parceria com Ronaldo a ajude a competir por uma melhor posição no mercado de redes de hotel de luxo internacionais, como a espanhola Melia, a francesa Accor Hoteis e a gigante norte-americana Marriott International.

Outra aposta foi no mundo dos ginásios. Aqui, o craque português fez uma ‘joint-venture’ com a norte-americana Crunch e avançou com um ‘franchising’ para o mercado de ‘fitness’ espanhol. O primeiro ‘CR7 Crunch Fitness’ abriu em Madrid há cerca de um ano e, no início de 2018, o jornal espanhol ‘Expansión’ noticiava que o objectivo é abrir até centena e meia de unidades em Espanha e outros 50 a 75 em Portugal durante os próximos anos.

Os ‘CR7 Crunch Fitness’ são ginásios ‘low-cost’, mas com a assinatura pessoal do atleta. Um conceito que Cristiano quis colocar também numa das últimas novidades da CR7.

E a lista continua. Ainda para este mês, está prevista a abertura de um restaurante em Gramado, Brasil, numa parceria com as empresas Gramado Resort e Lugano. Chamar-se-á Dona Dolores, em homenagem à mãe do craque.

É possível que o próximo investimento seja em Paris, se for concretizada uma transferência para o Paris Saint-Germain, como já há quem palpite, na sequência das declarações de Ronaldo no final da Champions.

Cristiano Ronaldo decidiu apostar igualmente no ramo das aplicações digitais, com o projecto ‘Thing Pink’, uma ferramenta que se dedica a desenvolver aplicações móveis em android para outras empresas como McDonald’s, FNAC ou Vitaminas.

O craque destaca-se por ter, em Portugal, um museu construído em sua homenagem. O ‘Museu CR7’ foi inaugurado a 1 de Julho de 2016, pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

O sucesso nos negócios não o impede de fazer outras fintas, mas ao pagamento de impostos. A ser investigado desde o ano passado, o jogador português foi condenado pelos tribunais espanhóis ao pagamento de uma multa e com juros de mais de 13 milhões de euros. Escapou assim a ser condenado a uma pena efectiva por ter burlado o Fisco espanhol, não declarando os valores que recebe anualmente. Mesmo assim, foi condenado a dois anos de pena suspensa. *com jornais portugueses

JULGAMENTO. Justiça portuguesa afirma já ter enviado para Angola todo o processo em formato digital, estando em falta apenas a versão em papel que reúne no total 49 volumes. Da parte angolana ainda não há qualquer pronunciamento a confirmar ou não a recepção do processo.

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O Ministério Público português anunciou, na passada quinta-feira, 21, que já enviou para Angola, em formato digital, a informação relativa ao processo que envolve o ex-vice-presidente da República, Manuel Vicente, condensada em três DVD.

Segundo a imprensa lusa, que cita fontes judiciais, o que está por enviar é a versão do processo em papel que comporta 49 volumes, 33 dos quais relativos a documentos produzidos até 22 de Janeiro deste ano, altura em que foi decidida a separação do processo, e 16 relativos a anexos. Entretanto, da parte angolana não houve, até ao fecho desta edição, qualquer pronunciamento oficial a confirmar ou não a recepção do respectivo processo.

No início deste mês, o Presidente da República, João Lourenço, disse, em entrevista à ‘Euronews’, que as autoridades angolanas continuavam a aguardar que Portugal enviasse para Angola o processo do ex-vice-Presidente da República.

“Angola continua a aguardar que as autoridades portuguesas enviem o processo para Angola e, naturalmente, quando o recebermos, daremos o devido tratamento”, declarou o Presidente, tendo reiterado, na altura, que Angola não pretendia “lavar” a imagem de Manuel Vicente.

O chefe de Estado angolano referiu ainda, na ocasião, que “a acusação de que ele [Manuel Vicente] praticou um crime, corresponde à presunção da inocência” e que mal Angola recebesse o processo de Portugal, “as entidades competentes da Justiça iriam prosseguir com o processo”.

ANTECEDENTES

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu, no dia 10 deste mês, enviar para Angola o processo de Manuel Vicente, acusado, em Portugal, do crime de corrupção activa a um magistrado do Ministério Público português, Orlando Figueira, cujo processo foi designado ‘Operação Fizz’.

A decisão da justiça lusa respondeu a uma exigência de Angola, cujo Presidente, João Lourenço, condicionou, a 8 de Janeiro, a normalização das relações entre os dois países à transferência do processo para Luanda.

A ‘Operação Fizz’ tem também, como arguidos, o ex-procurador luso Orlando Figueira, o advogado Paulo Blanco e o empresário Armindo Pires, estes dois últimos também de nacionalidade portuguesa.

Orlando Figueira é acusado de branqueamento de capitais em co-autoria com Manuel Vicente, corrupção passiva, violação do segredo de justiça e falsificação de documentos, na época em que era o procurador do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, por alegadamente ter arquivado, a suposto pedido do ex-vice-presidente de Angola, o inquérito do caso “Portmill”, relacionado com a compra de um imóvel de luxo no Estoril.

Na manhã da passada quinta-feira, decorreram as alegações finais do Ministério Público português no julgamento da ‘Operação Fizz’ relativas aos arguidos Orlando Figueira, Paulo Blanco e Armando Pires, com a acusação a pedir penas de prisão suspensas para os primeiros dois e dizendo não haver provas em relação ao terceiro, embora sem requerer a sua absolvição.

LITÍGIO. Primeira sessão do julgamento durou cinco dias, mas sentença ficou adiada por decisão do tribunal arbitral que está a julgar o caso. Litígio entre as partes tem como causa desentendimentos na comercialização de bilhetes de passagens, em Angola.

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Arrancou, na passada segunda-feira, em Luanda, o julgamento do caso que envolve a Kenya Airways e o grupo angolano Belchix, conhecido até ao momento como o único representante legal para a gestão dos serviços aéreos da companhia queniana em Angola.

O caso, que está a ser julgado por um tribunal arbitral liderado pela juíza Elisa Rangel, surge na sequência de desentendimentos entre as partes em relação ao valor dos bilhetes de passagem comercializados em Luanda que, segundo o grupo angolano, estariam a ser adulterados com a conivência de membros de proa da Kenya Airways.

As sessões de julgamento decorreram, até sexta-feira, 15, à porta fechada, sem, no entanto, haver veredicto. Segundo uma fonte, contactada pelo VALOR no local, o tribunal decidiu por adiar a sentença para um período de cinco dias, para que seja instaurada, sob sua supervisão, uma auditoria independente ao processo, após ter ouvido o depoimento das partes envolvidas.

OS PRÓS E CONTRAS

Conforme já reportado pelo VALOR em edições anteriores (ver edição nº. 30), a relação entre a Belchix e a Kenya Airways começou a azedar quando, em 2015, a companhia queniana submeteu ao parceiro angolano uma factura equivalente a seis milhões de dólares, decorrente de vendas de bilhetes comercializados, em Luanda, e que estariam por liquidar.

O grupo angolano, no entanto, terá recusado a efectuar o respectivo pagamento, por suspeitar que, a empresa, queniana estava envolvida “num autêntico esquema de contrafacção de bilhetes de passagem, em Angola”. Após instaurar um processo de auditoria interna, a direcção da Belchix teria ainda descoberto que a nível da empresa havia um centro paralelo de emissão de bilhetes adulterados que, no fim dec contas, eram a si imputados para posterior pagamento junto da Kenya Airways.

No centro da alegada fraude, os angolanos apontam o nome da antiga directora regional da companhia para África, Rosemary Adogo, e a sua assistente Caroline Dunask que, “baseada em Luanda, conduzia o processo de venda de bilhetes sem o conhecimento da empresa angolana”, que, no entanto, detém a exclusividade para o efeito. No processo, aparecem ainda arrolados os nomes de Suzana Pindali e Ricardo Viera Lopes, ambos antigos contabilistas da Belchix, sendo que este último terá sido já detido pelas autoridades nacionais, no âmbito das investigações levadas a cabo pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) e a auditoria do Ministério das Finanças “que detectou falsificação de talões de depósitos e outros documentos classificados”.

O esquema, segundo fontes ligadas ao grupo angolano, terá sido levado, há já algum tempo, ao conhecimento das mais altas instâncias da Kenya Airways que, apesar de terem prometido tomar medidas ‘drásticas’, nunca chegaram a mover qualquer acção para alterar o quadro.

A alegada falcatrua terá acarretado enormes prejuízos à empresa angolana, estando actualmente com as portas encerradas na sequência dos desentendimentos com a direcção da Kenya Airways.

Actualmente, a companhia queniana mantém voos regulares para Angola, mas continua por se saber com que entidade estará a fazer parceria para desempenhar o papel de GSA (gestão de serviços aéreos), título que está a ser também reclamado pela Belchix que, ao abrigo de acordos rubricados, detém a exclusividade dos serviços perante a companhia.

A Kenya Airways é membro da aliança comercial Sky Team e lidera as companhias africanas com quatro milhões de passageiros/ano em voos para 54 destinos em todo o mundo, 44 dos quais em África.

Companhia premiada em diversos eventos internacionais, distingue-se pelo seu serviço e pela sua frota de 36 aviões, entre os quais se contam os mais novos que presentemente voam em companhias africanas, nomeadamente o Boeing 787 Dreamliner.