Companhias aéreas querem fim do ‘monopólio’ da Ghassist
AVIAÇÃO. Prestação de serviços na aviação é caracterizada pela ausência de concorrência, particularmente na assistência em terra. Operadoras acusam Ghassist de tratamento preferencial à Taag.
As companhias aéreas que recebem assistência da Ghassist querem acabar com o monopólio da empresa, acusando-a de prestar serviços “caros” com pessoal e equipamentos “insuficientes” e de oferecer tratamento “preferencial” à Taag, uma das suas accionistas.
As queixas vêm descritas no Plano Director Nacional dos Transportes e Infra-estruturas Rodoviárias (PDNSTIR), publicado recentemente em Diário da República. “O nível de satisfação com os serviços da Ghassist é baixo em todas as companhias aéreas entrevistadas”, revela o plano, que menciona o “desejo geral” da existência de um segundo provedor desses serviços para introduzir “gradativamente” a concorrência de modo a obter-se o melhor ‘value of money’.
Caracterizando, de modo geral, os serviços prestados em terra pela falta de concorrência, o plano aponta duas empresas no catering, no aeroporto de Luanda, entre as quais a LSG Sky Chefs, que opera desde 2012, e duas no abastecimento de combustível às aeronaves, no caso, a Sonangol e a Pumangol.
Com acções de curto, médio e longo prazos, o plano envolve dois ministérios (Transportes e Ordenamento do Território) e inscreve a análise dos transportes, as soluções e acções dos sectores rodoviário, aéreo, marítimo, ferroviário, bem como a construção e manutenção das estradas.
Na aviação, por exemplo, o plano espelha a situação, a regulamentação, a segurança e a vigilância, direitos e tráfego aéreo, os aeroportos, os serviços, as companhias aéreas e outros provedores de serviços, entre outros.
A Ghassist é parcialmente propriedade da Taag e da antiga Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (Enana). E descreve-se como líder nacional de serviços de assistência em escala (‘ground handling’). Foi fundada em 1997 e, em 2007, iniciou a prestação de serviços em alguns aeroportos provinciais, nomeadamente em Cabinda, Ondjiva e Lubango.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...