Angola com maior queda na produção da OPEP
PETRÓLEO. Angola produziu cerca de menos 38 mil barris/dia, fixando a produção em 1,078 milhões barris/dia, a mais baixa de Julho desde 2008. Tendencia coloca produção abaixo de um milhão de barri/dia ainda este ano, contrariando previsões da consultora Fitch Solutions

Apenas quatro países, entre os 13 membros da Organização dos Países produtores de Petróleo (OPEP), registaram queda na produção, em Julho face a Junho, e a maior variação negativa registou-se na produção de Angola, com menos 38 mil barris.
Com esta queda, a produção média diária de Angola fixou-se em 1,078 milhões de barris, a mais baixa de Julho, desde a entrada de Angola na Opep, 2008, quando produziu 1,406 milhões e barris/dia.
No ano seguinte, ou seja, 2009, atingiu-se a maior produção registada até agora no sétimo mês do ano: 1,821 milhões. Já os anos de 2019 e 2020 registam a segunda e terceira mais baixas produções com 1,395 e 1,173 milhões de barris/dia, respectivamente.
Os números dos últimos anos confirmam a tendência decrescente que se vem registando e que, segundo estimativas da Agência Nacional de Petróleo e Gás, apenas deve ser invertida entre 2022 e 2023.
A manter-se o nível de variação deste último mês, a produção do país poderá cair para menos de um milhão de barris/dia até ao final do ano, antecipando a previsão da consultora Fitch Solutions que, no princípio deste ano, estimou que Angola produziria menos de um milhão de barris, mas apenas em 2029.
“Na ausência de novos projetos e num ambiente de investimentos de alto risco, antecipamos que a produção caia para menos de um milhão de barris por dia em 2029”, escreveram os consultores numa análise ao sector petrolífero angolano.
VENEZUELA, O SEGUNDO QUE MENOS PRODUZIU
A Venezuela, por seu turno, registou, no período em análise, a segunda maior variação negativa, ao produzir menos 26 mil barris/dia, ou seja, 512 mil barris/dia contra os 537 barris/dia registados em Junho.
A Guine Equatorial e o Congo encerram a lista dos membros da OPEP que registaram redução na produção com menos oito e três mil barris, respectivamente.
No vértice oposto, estão a Arábia Saudita, que produziu mais 497 mil barris/dia, seguindo-se o Iraque e a Nigéria, com mais 56 e 45 mil barris/dia, respectivamente. No global, a produção total da OPEP registou uma média de 26,66 milhões de barris/dia em Julho de 2021, superior em 64 mil barris/dia.
Gemcorp posiciona-se para a compra da Unitel, BFA e mais activos