Angola volta a permitir a caça 17 anos depois e apenas em fazendas
Angola vai voltar a permitir a caça este ano, mas apenas em fazendas com licenças para o efeito. Esta reabertura acontece 17 anos após a suspensão desta actividade.

Numa primeira fase, será apenas permitida a caça nas fazendas de exploração pecuária. No país, há particulares que possuem a concessão de terrenos onde exploram animais selvagens. A ideia passa também por permitir o turismo sinergético. “A caça em geral ainda vai esperar. Temos de definir as áreas para que os outros caçadores não fiquem com ciúmes, em áreas já identificadas e delimitadas. Isso vai passar pela criação de cotas públicas. Em 2008, quando foi suspensa, o Governo entendeu que a caça estava sem controlo e a ser feita de forma indiscriminada. A caça hoje em dia está suspensa, mas os animais continuam a morrer. A ideia é regularizar e permitir o arrecadamento de receitas por parte do Estado”, revelou um alto funcionário do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), ao Valor Económico.
Em 2016, o país proibiu a venda de animais selvagens na via pública, apesar de a medida não ser cumprida. Ainda há vários registos de venda de animais na via pública.
Em 2017, estimativas do Governo indicavam que o comércio ilegal de animais tinha movimentado mais de 200 milhões de euros.
Em Julho do ano passado, o Governo aprovou o Regulamento de Caça e Gestão Sustentável da Fauna Selvagem. O diploma visa estabelecer as normas sobre o exercício da atividade de caça, bem como regulamentar a gestão e o uso sustentável dos recursos faunísticos nos seus ecossistemas, tendo em consideração a dimensão ambiental, económica, social e cultural.
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