PREVISÃO DE REDUÇÃO DAS RECEITAS EM DIVISAS

BAD acredita no enfraquecimento das economias africanas

ANÁLISE. Ex-ministro da Agricultura da Nigéria defende que África tem de se libertar da dependência da assistência e traçar “urgentemente” o seu futuro através da autossuficiência, de parcerias estratégicas e da alavancagem dos seus vastos recursos naturais

BAD acredita no enfraquecimento das economias africanas

O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, acredita num enfraquecimento das economias africanas nos próximos tempos, devido à redução das receitas em divisas, prevendo um aumento da inflação com a subida dos custos dos bens importados e com desvalorização das moedas, face ao dólar. 

Ao discursar sobre “Promover o posicionamento de África no âmbito do desenvolvimento global e da dinâmica geopolítica”, na passada sexta-feira, na 14.ª Cerimónia de Convocação da Universidade Nacional Aberta da Nigéria (NOUN), Adesina delineou uma visão para o futuro de África num cenário global em rápida mudança.

“O recente desmantelamento da agência oficial de ajuda ao desenvolvimento nos Estados Unidos e medidas anti-ajuda semelhantes noutras partes da Europa significam que os velhos modelos de desenvolvimento em que África sempre confiou já não funcionam”, analisou.

O líder do BAD entende que África deve rever a sua abordagem para alcançar um crescimento e desenvolvimento acelerados, podendo, para estimular o crescimento, garantir rapidamente a plena implementação da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA, sigla em inglês).

Sobre a diminuição do financiamento global, das tarifas e das tensões geopolíticas, Adesina refere que África tem de se libertar da dependência da assistência e traçar “urgentemente” o seu futuro através da autossuficiência, de parcerias estratégicas e da alavancagem dos seus vastos recursos naturais.

O ex-ministro da Agricultura da Nigéria destacou vários desafios críticos que o continente enfrenta, incluindo o declínio da ajuda ao desenvolvimento, as restritivas políticas de imigração, o capital natural subvalorizado e as guerras aduaneiras globais, considerando, no entanto, serem estes desafios como oportunidades para África redefinir a sua posição global.

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