Competências necessárias na ‘indústria 4.0’
TECNOLOGIAS. A expressão usada recentemente como mote de workshop do MINCO refere-se à convencionada quarta revolução industrial, que se foca na automatização e autonomia de sistemas computorizados. Embora ainda algo distante da realidade nacional, num mundo globalizado, vale saber que aptidões valorizar nesse contexto mais ou menos próximo.
Do mesmo modo que a primeira revolução industrial não aconteceu em simultâneo em todo o mundo, mas não deixou de dar o impulso para uma mudança de paradigma de produção a nível mundial, o facto de a nossa indústria, também ela movida a diferentes velocidades, ainda estar aquém da automatização computorizada de que trata a indústria 4.0, não significa que a adaptação ao que se passa no resto do mundo não seja urgente.
Em termos de capital humano, as exigências num futuro automatizado e com recurso à inteligência artificial (IA) vão mudar drasticamente. Serão necessários menos controladores de operações à medida que a informação vai passar a ser recolhida por sensores. A necessidade de gestores intermédios vai diminuir igualmente, face à capacidade dos computadores de cruzar vastas quantidades de informações recolhidas, facilitando o processo decisório. Recentemente uma mineira, fazendo recurso a informação recolhida por sensores colocados em equipamento de profundidade, pode antecipar e corrigir uma perigosa descida acentuada dos níveis de oxigénio, que poderia custar milhões em paralisações e até vidas humanas.
Gestores de stocks, e até apoio ao cliente com o envio de facturação e acompanhamento de encomendas, poderão todos passar à história à medida que a IA vai tomando o espaço outrora obrigatoriamente desempenhado por humanos.
O recurso à robotização para tarefas pesadas e repetitivas, a optimização dos sistemas de logística e de gestão de cadeias de produção que se vai tornando cada vez mais acessível às empresas, a introdução de técnicas de produção inovadoras como a impressão 3D que dispensam vários estágios de produção e encurtam cadeias, bem como a conectividade que permite o controlo da produção e da gestão à distância são factores incontornáveis e que atestam o potencial e o advento da indústria 4.0. Adapte a sua empresa.
Que competências procurar na sua força de trabalho?
Competências humanas
Num ambiente mais automatizado dar valor às competências humanas é essencial para um ambiente são e adaptado a suprir áreas em que as máquinas não nos podem substituir. As competências humanas incluem para alem da inteligência contextual, a capacidade de levar em conta mais do que métricas em relações interpessoais, e a vital criatividade. A inteligência emocional deve ser valorizada bem como a integridade e a empatia, que não são o forte da IA.
Saúde mental no trabalho
As pressões e o stress de dar resposta a uma realidade em constante mutação pode diminuir o rendimento da sua equipa core, a que não se pode substituir por máquinas. Faça recurso a profissionais de saúde mental para acompanhar a sua equipa.
Transformadores
O conhecimento necessário para adaptar a sua indústria a uma realidade tecnológica, capaz de identificar as áreas em que a automatização vai fazer disparar a eficiência da empresa, já é valorizado e vai continuar a ser à medida que cada vez mais indústrias vão dando o pulo para a quarta revolução.
Programadores
Uma indústria automatizada obriga a não passar sem programadores para os equipamentos automatizados e sem colectores e processadores de informação gerada por computadores. Num mundo cada vez mais tecnológico, os profissionais capazes de traduzir a linguagem da IA para a corrente, serão cada vez mais valorizados.
BCI fica com edifício do Big One por ordem do Tribunal de...