CRÉDITO NO ÂMBITO DO AVISO 10

Empresários defendem redução da taxa de juro para 5%

26 Mar. 2025 Economia / Política

SECTOR PRODUTIVO. Empresários apontam a excessiva burocracia no acesso ao crédito bancário como o facto condicionante à implementação e realização de projectos. Bancos justificam alta taxa de juros com a taxa elevada da inflação.

Empresários defendem redução da taxa de juro para 5%

Empresários do sector agrícola apontam a taxa de juros de 7,5%, o “curto prazo” para o reembolso e ainda a burocracia como principais “obstáculos” para o recurso e o acesso ao crédito, no âmbito do Aviso 10 do Banco Nacional de Angola e defendem a redução da taxa de juro para os 5%. 

Isto é, pelo menos, o que defende a responsável da Fazenda JWA, Alzira Borges, para quem, à partida, o Aviso 10 tem potencial para aumentar a capacidade dos produtores.

“Não é possível, até dois anos, fazer-se a devolução do dinheiro emprestado. Por exemplo, há muitas matérias que só podemos comprar lá fora, aquelas de que o nosso mercado ainda não dispõe, e, para comprar, precisa-se de muito dinheiro, já que temos que pagar também pela transportação e outros gastos”, explica, sugerindo uma extensão do reembolso do crédito para cinco anos. 

Classificando a taxa de juro de 7,5% ao sector agrícola como “um exagero”, explica que essa realidade “sufoca” a produção dos agricultores. 

Para Alzira Borges, uma redução da taxa de juro permitiria, de forma geral, o aumento da produção nacional, levando a que o país deixasse de importar o que se pode produzir em Angola em curto prazo e tornando os negócios sustentáveis, contrariamente ao que acontece actualmente, visto que os empresários são, muitas vezes, obrigados a recorrer a outros sectores para evitar dívida com os bancos. “Felizmente, por conta de termos outros negócios, conseguimos pagar atempadamente o banco. Se dependêssemos apenas deste negócio, não teríamos como devolver o dinheiro, o período é curto. Temos de fazer com que o negócio da agricultura, que é um sector-chave no país, flua, para que depois o empresário não tenha problemas em restituir o dinheiro que lhe foi emprestado”, observa.

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