O Fundo Monetário Internacional manifestou-se disponível para um novo apoio financeiro a Angola e deu nota “positiva” à forma “resiliente como” o país “está a gerir as incertezas dos mercados internacionais e a baixa do preço do petróleo”. 

A disponibilidade para um novo financiamento a Angola foi manifestada, esta terça-feira, pelo director do FMI para África, Abebe Salassie, à saída de uma audiência com o Presidente João Lourenço, em que foi abordada a situação económica do país.

Segundo Abebe Salassie, a possibilidade de um novo financiamento a Angola não foi discutida neste encontro, “mas”, afirmou, “a instituição financeira internacional está pronta para qualquer apoio” que as autoridades angolanas eventualmente solicitem.

“Se houver dificuldades em termos económicos, mesmo com as políticas já empreendidas, e o Governo angolano quiser contactar o FMI, estaremos ao dispor. Neste momento, não foi discutido nenhum assunto sobre financiamento, mas como sempre o FMI estará pronto para apoiar quando assim for”, disse Abebe Salassie em declarações a jornalistas.

O responsável do FMI em África afirmou que a situação económica global e de Angola dominaram as conversas no Palácio Presidencial, no contexto de uma missão da instituição que se encontra no país desde a semana passada, referindo que o FMI também partilhou as suas perspectivas sobre as reformas desenvolvidas no país.

“Falámos também sobre a perspectiva do FMI em relação às reformas económicas que estão a ser empreendidas em Angola”, adiantou. A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, assegurou, em Washington, Estados Unidos da América, no final de Abril, que o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025 pode vir a ser objecto de revisão caso haja uma alteração do preço do barril de petróleo abaixo dos 55 dólares norte-americanos.

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