Gastos com o Prodesi superam em mais de 40 vezes as receitas
BALANÇO. Volume das divisas desembolsadas para a compra de produtos alistados no Prodesi disparou para 44,37%, ao totalizar em três meses 631,093 milhões de dólares. Programa desenhado para a captação de mais dólares está a funcionar completamente em sentido contrário. Vendas mantêm-se insignificantes.

O Governo continua a gastar cada vez mais dinheiro na compra de matéria-prima para o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (Prodesi). Só nos primeiros três meses gastou 41 vezes mais do que o dinheiro que conseguiu encaixar com as exportações, no âmbito do programa criado para reduzir a dependência das receitas petrolíferas.
As importações, num total de 58 produtos, totalizaram 731.303 toneladas que implicaram despesas de 631,093 milhões de dólares, no primeiro trimestre de 2025, conforme indicam cálculos do Valor Económico.
Em termos homólogos, verifica-se que o dinheiro despendido nas importações disparou 44,37%, uma vez que no primeiro trimestre de 2024 foram gastos 437,106 milhões de dólares. O valor aumentou, apesar de se ter observado uma redução de 342.753 toneladas na quantidade de produtos importados.
No conjunto dos produtos importados, o grão de trigo destacou-se com um total de 111,149 milhões de dólares, seguido do arroz que implicou um esforço financeiro de 111,063 milhões de dólares. A carne de frango com 75,660 milhões de dólares gastos e a compra de medicamentos com desembolso de 68,494 milhões também se destacaram entre os produtos que exigiram mais divisas.
O valor referente à compra de matéria-prima para o tão propalado programa que serviria para a diversificação da economia, mas que nos últimos tempos perdeu força depois de mudanças no ministério do Planeamento, é excessivamente elevado em comparação ao valor das exportações.
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