O imigrante africano mais rico nos EUA
Superação. Nasceu e viveu a infância na Nigéria, mas a falta de segurança,
associada à criminalidade, forçou a família a abandonar o país. Nos EUA, criou um aplicativo que o colocou na lista dos milionários.
Tope Awotona, fundador da Calendly, uma plataforma digital de agendamento de reuniões, que vale 3 mil milhões de dólares, nasceu na cidade de Lagos, Nigéria, onde viveu até aos 15 anos. Aos 12 anos viu o pai ser baleado e morto num roubo de carro, o que fez a família mudar-se para Atlanta, nos EUA, dois anos depois, em 1996.
Instalado, estudou ciência da computação na Universidade da Geórgia. Depois trocou com informações de negócios e gerenciamento. “Eu adorava codificar, mas era muito monótono”, recorda. “Provavelmente sou muito extrovertido para ser um programador”, entende.
Deste modo, passou a vender software para empresas de tecnologia, incluindo Perceptive Software, Vertafore e EMC (desde então adquirida pela Dell). Fundou alguns negócios paralelos: um site de namoro, uma empresa que vendia projectores e outra que vendia ferramentas de jardim, as três foram um fracasso.
Frustrado com os insucessos das iniciativas, em 2013, lançou o Calendly da Atlanta Tech Village, um espaço de co-working para empreendedores. No final do mesmo ano, o produto estava viável, mas não tinha dinheiro. E foi financiado com 500 mil dólares pelos investidores de sementes, liderados por Cummings.
Com 10 milhões de usuários, o aplicativo, que agora permite os clientes corporativos configurar páginas de destino personalizadas, encaminha reuniões para grupos específicos de pessoas e conectar o software Calendly a outras ferramentas, como Salesforce, Stripe, Zoom e Hubspot.
Começou a facturar em 2016 (apesar de os dados não estarem disponíveis). Em 2021, as receitas ultrapassaram os 100 milhões de dólares e, com o financiamento de 350 milhões de dólares da Open View Venture Partners, valorizando o capital em 3 mil milhões de dólares e elevando a fortuna de Awotona a mais 1.4 mil milhões de dólares, segundo a Forbes, torna-se, deste modo, no imigrante Africano mais rico nos Estados Unidos da América.
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