O preço de produtos diversos, principalmente os alimentares, com o selo ‘made in Angola’ continua mais alto, comparativamente aos adquiridos no estrangeiro que têm a ter custos adicionais na transportação e taxas alfandegárias.

A persistente discrepância manteve-se no período de Janeiro a Fevereiro do ano em curso, conforme mostra o Índice de Preços Grossista (IPG), publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A diferença entre aumento dos produtos nacionais e estrangeiros (importados) é de 1,22 pontos percentuais.

Os preços dos produtos nacionais aumentaram 2,43%, impulsionados pela secção da pesca, que maior aumento de preços registou, na ordem dos 3,06%. Os produtos que tiveram maior variação de preços neste grupo foram o cachucho fresco com 4,51%, corvina fresca com 3,63%, espada fresca com 3,42%. Outros os tipos de peixe como o linguado fresco com 3,13%, a pescada fresca com 2,56%, o carapau fresco com 2,33%, a garoupa fresca com 2,11%,o  cacusso fresco com 1,64%, a sardinha fresca com 1,63% e choco fresco com 1,16% integram a lista.

Já os preços dos produtos importados tiveram um aumento de 1,21%, explicado pela variação de preços verificada na secção da agricultura, produção animal, caça e silvicultura com 1,55%. Quanto aos produtos que mais contribuíram para este cenário, destacam-se o feijão castanho com 3,33%, o grão-de-bico com 2,24%, o alho com 2,23%, ginguba com 2,18%, batata rena com 1,77% e o limão com 1,19%.

Já entre os produtos importados inflacionados, neste período, destacam-se as flores com 1,10%, maçã com 1,02%, repolho com 0,99%, pêra com 0,82%, feijão-verde com 0,77%, abóbora com 0,52%, uvas frescas com 0,51%. Incluem-se os ovos com 0,46%, cenouras com 0,43%, laranja com 0,40%, cebola com 0,11%, tomate com 0,07% e milho grão com 0,04%.

O IPG registou uma variação mensal, no período de Janeiro a Fevereiro de 2025, de 1,56%, sendo 0,12 ponto percentual inferior à registada no período anterior e 1,41 ponto percentual inferior em relação ao do período homólogo.