Ramaphosa desencoraja exportação de matérias-primas
O presidente sul-africano, Cyrill Ramaphosa, defendeu, nesta terça-feira, por altura da abertura da II Edição da Feira Intra-Africana de Comércio, a necessidade de os países africanos deixarem de ser exportadores de matérias-primas e importadores de produtos acabados elaborados com as matérias-primas locais.
“Não podemos mais ter uma situação em que África exporta matérias-primas e importa produtos acabados feitos com essas matérias”, afirmou Ramaphosa, insistindo que “o que não se quer é uma situação em que os nossos recursos proporcionem empregos e valor agregado em outras economias, enquanto os povos do continente vivem na pobreza e em condições de subdesenvolvimento”.
O líder sul-africano considerou, por isso, “fundamental” o fomento do comércio entre os países do continente, o que pode funcionar “mudando a relação comercial distorcida entre os estados africanos e o resto do mundo desenvolvido”. Ramaphosa entende também como “crucial” a criação da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), bem como de estímulos para atrair investidores para instalar unidades de produção e “regras fortes” que ajudem a absorver perto de 12 milhões de jovens africanos anualmente em busca de trabalho. Esse exercício em defesa da produção ‘made in Africa’, de acordo com Cyrill Ramaphosa, pode contar com a experiência do seu país, visando o estabelecimento de relações comerciais mais equilibradas, mais equitativas e mais justas. Uma garantia também manifestada pelos chefes de Estado da Zâmbia, do Malaui, do Zimbábue, e da Nigéria, que discursaram na mesma cerimónia
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