“Se a Taag já era uma empresa deficitária, muito provavelmente continuará a ser cada vez mais ao longo dos anos”
Critica a aposta na diversificação da frota da Taag, e defende que as razões para se investir em diversos modelos “terão sido todas, menos aquelas tecnicamente recomendadas”. Defende a criação de condições para o surgimento de no mínimo, uma linha de montagens de meios de transporte e rodoviários.

O Governo definiu 1 de Junho como data-limite para a conclusão do processo de transferência de voos comerciais e regulares internacionais de passageiros para o Aeroporto Agostinho Neto. Acredita no cumprimento deste prazo? As operadoras têm margem para não cumprir essa orientação?
Vamos separar as duas coisas. O Estado pode sempre determinar que as operadoras operem para uma ou outra infraestrutura. Portanto, se o Estado determinar que o Aeroporto que serve o tráfego internacional é o Aeroporto Internacional Agostinho Neto, as operadoras têm duas opções. Ou vão para lá ou deixam de operar. Não depende da vontade das operadoras. Agora, também é facto que, para que o Estado assuma uma posição dessas rígida, é preciso que haja certeza de que o Aeroporto tem as condições, quer de operação, quer de segurança, para que as operadoras possam, dentro das normas e dos padrões internacionalmente aceites, operar em segurança. Acredito que a razão principal dos adiamentos que têm acontecido sobre a data-limite para o início de operações do Novo Aeroporto esteja mais relacionado com a necessidade de se criar as condições que senão óptimas, pelo menos ideais, para que se iniciem essas operações. Acredito que seja mais essa a razão do que propriamente uma vontade ou uma recusa das operadoras em ir para lá.
E quais seriam as condições ideais?
Sabe que as operações aéreas obedecem a padrões e normas que terão de ser cumpridas para que uma operação se faça em segurança. Não tenho detalhes sobre que razões terão levado ao último adiamento, mas acredito que elas terão a ver com eventuais ou indisponibilidades ou eventualmente insuficiência de meios ou dispositivos que possam assegurar que as operadoras possam fazer as suas actividades ou exercer suas actividades em plena segurança. Portanto, não tenho detalhes sobre que razões foram essas, mas eu quero acreditar que tenham sido, essencialmente, as razões de caráter operacional.
Quando diz que desconhece as razões, leva a entender que nunca visitou o Novo Aeroporto. É isso?
Já visitei, mas obviamente que há detalhes que só os operadores do Aeroporto têm. Se o Aeroporto tem combustível disponível, carros de bombeiros com as capacidades necessárias disponíveis. Se tem serviços, quer de imigração, quer de alfândega em número e com capacidade disponível. Portanto, há uma série de detalhes que eu não tenho e, portanto, não posso, obviamente, adiantar qual será a razão deste adiante. Acredito que esteja relacionado com alguma indisponibilidade operacional por parte de alguns serviços.
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MAIS UMA ‘BANDEIRA’ DE MASSANO