Paralisação pode generalizar-se em 72 horas

Trabalhadores da TCUL em greve

Os cerca de dois mil trabalhadores da empresa de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL) decretaram, na terça-feira, uma greve por tempo indeterminado.

 

Trabalhadores da TCUL em greve

Os funcionários exigem a implementação do sistema de diuturnidades, em dívida há 33 meses, seguro obrigatório contra acidentes e doenças profissionais e subsídio de alimentação ou a reabertura do refeitório da empresa.

O coordenador da Comissão Sindical, Octávio Francisco, salientou que o não pagamento à segurança social “tem impossibilitado muitos trabalhadores de obterem a sua reforma”. Os trabalhadores estão há dois meses sem salários. Na semana passada, os dirigentes sindicais tiveram um encontro com a direcção da empresa.

De acordo com Octávio Francisco, foram informados de que “não há condições para pagarem a diuturnidade devida dos 33 meses, e que também não há condições para implementar o qualificador profissional e o pagamento de salários”.

“Isso deu aos trabalhadores toda a legitimidade para agir de acordo a lei e partirmos para greve”, reforça.

A empresa confirmou que o Conselho de Administração (CA), que se encontra em funções há quase um ano, “encontrou a TCUL com alguns meses de salários em atraso, na qual em função dos esforços empreendidos e das medidas tomadas pontualmente, permitiram que neste momento, os salários estejam actualizados (pagos até Setembro)”.

Quanto aos outros pontos, ou seja, regularização da dívida com a Segurança Social, imposto sobre o rendimento de trabalho (IRT), subsídios de diuturnidade e alimentação, assim como, a melhoria de assistência médica e medicamentosa, estão a ser equacionadas.