Governo vai injectar 100.000 milhões de kwanzas no BPC
O Estado vai injectar 100.000 milhões de kwanzas no Banco de Poupança e Crédito (BPC) para garantir que o maior banco do país mantenha a actividade normal, segundo um decreto presidencial.

De acordo com um decreto assinado pelo Presidente da República, João Lourenço, de 30 de Janeiro, para este efeito foi autorizada uma emissão de Obrigações do Tesouro, com prazo de reembolso a quatro anos e uma taxa de juro anual de 16,5%.
O decreto presidencial autoriza o Ministério das Finanças a recorrer a uma “emissão especial” de Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional (OTMN) no valor de até 100.000 milhões de kwanzas, lê-se, “possibilitar que o mesmo (BPC) cumpra na sua plenitude a missão para a qual foi criado”.
Em 2017, o BPC registou um buraco de 5.200 milhões de dólares, de ativos com baixo desempenho e em incumprimento, essencialmente crédito malparado, o segundo pior registo da história da banca em Angola.
O Estado é accionista do BPC, através do Ministério das Finanças (75%), do Instituto Nacional de Segurança Social (15%) e da Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (10%).
Segundo dados anteriores, o Estado necessitava de injectar 31.500 milhões de kwanzas no BPC, para completar o capital social, conforme análise da auditoria externa às contas de 2017 daquele banco, elaborada pela UHY - Auditores & Consultores.
João Lourenço revela que já pensou no perfil do seu sucessor depois...