Ricardo d’Abreu ‘namora’ bancos ?estrangeiros em quatro praças europeias
Uma delegação do Banco de Poupança e Crédito (BPC), chefiada pelo seu presidente, Ricardo d’Ábreu, está em viagem pela Europa desde o início da semana passada, uma missão que tem por estratégia reconquistar a relação do banco com parceiros financeiros internacionais.
De acordo com o banco, o objectivo é retomar, a curto prazo, os contactos que a entidade bancária participada pelo Estado teve com congéneres europeias, além de um programa de encontros com um número de instituições financeiras de desenvolvimento e apoio à promoção das exportações. Quase a completar três meses desde que tomou posse, o novo conselho de administração seleccionou, na primeira viagem ao estrangeiro, quatro destinos, precisamente a Alemanha, França, Espanha e Portugal, de onde sairão entidades bancárias para se religarem ao BPC.
“Estreitar as relações institucionais, potenciando o papel de banco operador do BPC para o Estado angolano, quer no suporte às operações de financiamento ao programa do Executivo de investimento em infra-estruturas, a nível do PIP, quer no apoio ao desenvolvimento do sector privado, potenciando o segmento das PME e a diversificação das exportações nacionais, é o principal objectivo deste “‘road show”’, justifica o presidente do banco, em nota dirigida ao VALOR.
Segundo o banco, é também objectivo dessa digressão mostrar aos parceiros dos países seleccionados que o foco do BPC é sobretudo no domínio comercial, além de vários resultados que podem advir da relação.
“Queremos demonstrar aos responsáveis financeiros e empresariais alemães, franceses, espanhóis e portugueses com quem vamos reunir que o BPC está focado na eficácia comercial e na eficiência operativa do negócio e nos resultados daqui resultantes”, explica. O banco associa aos objectivos da viagem um conjunto de iniciativas, que vão desde “informar os interlocutores da comitiva do sobre as operações bancárias correntes e as linhas de crédito disponíveis para a importação de bens; identificar e avaliar oportunidades de investimento bilateral; e estimular a criação de programas de cooperação com base na formação on-job e na troca de experiências designadamente na área de ‘compliance’ e de gestão de risco”.
“O BPC pretende actuar com pragmatismo e foco em resultados tangíveis, que se traduzam em benefícios mútuos, procurando com segurança, confiança e transparência assegurar o normal relacionamento do Banco com os seus principais parceiros internacionais”, conclui o gestor número um do banco que encerrou o exercício financeiro do ano passado com o primeiro prejuízo dos últimos 16 anos. Uma perda que foi justificada com a constituição de 72,7 mil milhões de kwanzas para o crédito perdido (por imparidades) e provisões para eventuais perdas.
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