Evaristo  Mulaza

Evaristo Mulaza

Quando João Lourenço chegou ao poder em 2017, Angola tinha saído da lista cinzenta do Grupo da Acção Financeira (GAFI) um ano antes. Pelo que se conhece do trabalho de monitoramento das transacções financeiras internacionais pelo GAFI, a nota positiva de 2016 não foi obra do acaso. Pelo contrário, na altura, o próprio GAFI fez questão de explicar os avanços que tinham justificado o seu novo entendimento em relação a Angola. Grosso modo, eram os progressos assinalados no sistema financeiro, como resumiu certa vez José de Lima Massano, actual ministro de Estado para a Coordenação Económica. 

Este é o texto que não devia estar aqui. Que não devia ser escrito. Não hoje. Não amanhã. Não nas próximas décadas. A morte é uma inevitabilidade. É uma fatalidade. Sabemo-lo. Assim como sabemos que jamais estaremos preparados para ver partir um dos nossos. Para dizer adeus ao Emídio Fernando.

Não há nada de novo. Assim como em quase tudo neste país, as atrocidades na justiça não fazem questão de esconder-se do manto da indecência. No estado da Nação, o rei vai literalmente nu. Nem um extraterrestre humanoide  o negaria. 

Podemos afirmá-lo com grau relativo de certeza. É improvável que algum dia se chegue ao custo real do total da operação diplomática que tenta/tentou trazer o Presidente dos Estados Unidos a Angola. Até porque, por razões de simples honestidade e de verificação dos factos, é preciso separar as águas. 

As notícias não deixam dúvidas. Os números também não. Angola está com dificuldades sérias para atrair investimento estrageiro. Diferente das lentes que usa o Governo do Presidente João Lourenço, a dos investidores estrangeiros dizem que Angola ainda não é bom um país para investir. Que não há um bom ambiente de negócios. Vamos repeti-lo: nãos somos nós, são os números que o dizem.