Chegou a Angola há pouco mais de dois anos e, apesar de ter encontrado um país diferente do que tinha idealizado, garante que mantém o entusiasmo. Ainda assim, é curto e objectivo ao apontar as dificuldades de atracção de investidores belgas. “É muito difícil”, avisa, por causa da “insegurança” em relação ao futuro económico do país. Stéphane Doppagne toca directamente na crise social que devasta o país e nos terríveis acontecimentos da última semana de Julho, avisando que as autoridades têm de ouvir o “grito do povo”.
Evaristo Mulaza
NÃO, A CULPA NÃO É DAS REDES SOCIAIS!
Entre a declaração de Adalberto Costa Júnior e o comunicado final da reunião do Conselho da República, desta segunda-feira, há um distanciamento quilométrico. As diferenças são visíveis nas questões de substância. Notam-se no conteúdo, mas também no tom e na forma.
O SONO DO PRESIDENTE E O AVISO DO DEPUTADO
Transcorrida uma semana sobre o caos que estremeceu o país, e muito particularmente Luanda, sobrepõe-se uma pergunta que aparentemente continua sem resposta. O que muita gente questiona essencialmente é se João Lourenço e o seu regime perceberam realmente o que se passou. O discurso oficial insinua que não. Aparentemente, para João Lourenço e a camarilha que o cerca, nada aconteceu além de identificados actos de vandalização que se resolvem com uma linha de crédito de 50 mil milhões de kwanzas.
Duas especulações sobre alegadas pretensões de João Lourenço têm minado a estabilidade social e política e a previsibilidade económica ao longo deste seu segundo mandato. As duas radicam em evidências irrefutáveis de que o Presidente tem medo de abandonar o poder, depois dos seus desastrados 10 anos de desgoverno.
O AUTOPROCLAMADO NOVO GUIA IMORTAL
Antes de mais, uma confissão de desinteresse. Ouvir o Presidente João Lourenço, na maioria esmagadora dos casos, é brutalmente maçante. Chega a aproximar-se de um atentado contra a sanidade de qualquer ser razoavelmente consciente. É seguro pensar, aliás, que somos uma gota no oceano entre os angolanos invariavelmente tomados por uma espécie de angústia depressiva sempre que o Presidente fala.










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