SEGURANÇA. Suposto atentado terrorista que resultou na condenação de sete cidadãos não consta nos dados do Instituto para Economia e Paz, que avaliou avanços de Angola na exposição ao terrorismo. Contudo, a situação da RDC deixa Angola em alerta.

O país subiu oito lugares no Índice Global de Terrorismo (GTI, na sigla em ingês) referente a 2025, ao sair da posição 43ª para o posto 51º, alcançando 1.657 pontos, uma situação considerada de risco “muito baixo” ou próximo do “estável”, conforme o relatório do Instituto para Economia e Paz, consultado pelo Valor Económico.

Ainda assim, com excepção da República Democrática do Congo, Angola está menos bem posicionada do que os vizinhos Namíbia, Zâmbia e Congo Brazaville, países catalogados como “sem impacto” quanto à possibilidade de ocorrência de actos terroristas.

O avanço de Angola no índice contribuiu, no entanto, para a melhoria ligeira da região da África Subsariana no Índice Global de Terrorismo, juntamente com outros países que não registaram casos ligados ao terrorismo. A avaliação do GTI contrasta, desde logo, com os relatos de alegados actos preparatórios de terrorismo imputados a vários cidadãos julgados e condenados recentemente na província do Huambo. Segundo a decisão do Tribunal, que acabou por caucionar a narrativa do Ministério Público, os cidadãos em causa teriam arquitectado um plano de ataques a órgãos de soberania e a infra-estruturas púbicas por altura da passagem por Angola do ex-Presidente dos Estados Unidos Joe Biden.

“A pontuação média do GTI melhorou ligeiramente na África Subsaariana em 2024. Apenas sete países na África Subsaariana experimentaram uma deterioração, potencialmente indicando uma mudança positiva. No entanto, seis dos dez países mais impactados pelo terrorismo em 2024 estão na África Subsaariana. Notavelmente, 22 países na região têm uma pontuação GTI de zero, o que significa que não registaram um único incidente terrorista nos últimos cinco anos”, refere o relatório. 

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