SERVIÇO EM TERRA EMBARAÇA MUDANÇA

Governo pode ser forçado a comprar equipamentos para atrair empresas no Novo Aeroporto

AVIAÇÃO. Governo escolheu duas empresas para garantirem a operação em terra, mas estas vão dando sinais de pouco interesse no negócio, sobretudo devido ao fraco fluxo de companhias. Ghassist que, durante duas décadas, assegurou o serviço no Aeroporto 4 de Fevereiro está em risco. 

Governo pode ser forçado a comprar equipamentos para atrair empresas no Novo Aeroporto

O Governo pode ser forçado a comprar os equipamentos necessários para a actividade de ‘ground handling’ e colocar à disposição das empresas escolhidas para fazer a gestão do serviço no Novo Aeroporto e, assim, ultrapassar o principal entrave para a mudança das companhias estrangeiras para o Aeroporto Dr. António Agostinho Neto.

Fontes familiares ao processo disseram ao Valor Económico que o investimento do Governo resultaria do facto de as empresas escolhidas para fazer o serviço em terra demostrarem “pouco interesse” em fazer grandes investimentos por entenderem que Angola continuará a ter um “fraco fluxo” de companhias e que, como tal, demorariam a recuperar o investimento.

Apesar da Operador Temporário do Aeroporto (ATO), empresa gestora do aeroporto, ter revelado em diversas ocasiões que estão já duas empresas escolhidas, estas nunca foram oficialmente apresentadas. No entanto, fontes familiares ao processo garantem que uma delas é a Memphis, empresa com operações em alguns aeroportos internacionais, e a outra é a AVPark.

“Anda um indivíduo belga a falar sobre a AvPark, mas não conheço qualquer operação desta empresa pelo mundo. A Memphis opera em muitos aeroportos no mundo. Ainda há bem pouco tempo, ganhou um concurso em Portugal e está a fazer o handling da antiga operadora da TAP, mas tem 100 clientes, opera em aeroportos onde os aviões aterram e decolam. Se tivéssemos essa realidade, aceitariam vir sem qualquer reserva, porque percebem que a recuperação do investimento será rápida. Agora, com quatro ou cinco operadores, um voo por semana, dois voos por semana, não acredito”, explica a fonte, insistindo que, face ao impasse, “o Governo pode sentir-se pressionado e fazer este investimento o que seria uma aberração, sobretudo porque, pelo que consta, são empresas estrangeiras”. 

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