Reabertura de TODAS AS LOJAS projectada para ATÉ ABRIL

Novo gestor do Kero encontrou estruturas com sinais de desgaste

16 Mar. 2022 Mercado & Finanças

DISTRIBUIÇÃO. Gestor esclarece que as estruturas não se encontravam deterioradas, mas empresa foi obrigada a investir em equipamentos e a mexer em paredes para recuperar os espaços.

 

Novo gestor do Kero encontrou estruturas com sinais de desgaste

O grupo Anseba decidiu reabrir as lojas da rede Kero “de forma gradual”, como consequência de “alguns problemas” que as estruturas dos espaços apresentavam, explicou ao Valor Económico, o director-geral do grupo. Rui Gonçalves destaca problemas como a inoperância de alguns aparelhos, incluindo os de ar condicionado, além dos equipamentos da padaria e das estruturas de parede, situação que levou à definição de prioridades, começando-se pelos casos de rápida solução. “Antes houve um grande trabalho de requalificação”, precisa o gestor, assegurando, entretanto, que não encontrou as lojas em estado de deterioração. “Apenas não estavam no standard dae qualidade. Só abrimos as lojas quando temos este standard de equipamentos e qualidade”, explica.

Prevista para Abril, a reabertura das lojas acabou antecipada para este mês, no sentido de, segundo Rui Gonçalves, mostrar “a capacidade da empresa de responder às necessidades de investimento e de stock”, o que tem acontecido “graças ao ‘know-how’ encontrado na equipa do Kero”.

Após a reabertura das primeiras lojas no Kilamba, Nova Vida e Morro Bento,  o grupo prepara-se para reabrir as lojas do Mártires e dos Combatentes, antes de reabrir a do Talatona. Até Abril, projecta receber público em todas as 12 lojas, incluindo as de Benguela, Lubango e do Huambo.

EFEITOS DA GUERRA

A rede Kero começa a sentir os efeitos da guerra na Ucrânia, que tem contribuído para o aumento do preço dos cereais. A administração já decidiu, por isso, além de reduzir custos, rever as margens, sem perder de vista a rentabilidade. “A evolução vai ser crescente a nível de preços, é  algo que nos preocupa. Uma das coisas boas que temos é a valorização do kwanza, vai amortizar um pouco este choque da subida dos preços, não na totalidade, o que nos preocupa muito”, nota Rui Gonçalves.