O ESTADO DA NAÇÃO QUE NÃO ACONTECEU
Por razões estritas de sanidade mental, acredita-se que uma parte não negligenciável dos angolanos deixou de perder o sono, com exercícios pirotécnicos de antecipação do discurso do Presidente da República. A desilusão generalizada que leva à conservação da saúde metal como escudo contra o discurso de João Lourenço funda-se numa infinidade de argumentos. Há, entretanto, um que se destaca no conjunto de todos, a qualidade e a fiabilidade do discurso.
Desde que João Lourenço chegou ao poder, não fez uma única comunicação sobre o ‘estado da Nação’ que não tenha sido objecto de ruidosa contestação. Ora, porque divulgou obras que nunca chegaram a sair do papel. Ora, porque avançou estatísticas que não bateram certo com nada. Quase todas as vezes, porque confundiu os papéis e foi-se revezando entre chefe de Estado, chefe do partido e rei absolutista do século XVII. E, não raras vezes, pela simples razão de não dizer rigorosamente nada de novo num discurso enfadonho: inalcançável para as crianças, inapelável para os jovens e sonolento para os adultos e velhos. Incluindo para ilustres figuras representantes do Estado que assistem ao Presidente no alto da tribuna da Assembleia Nacional.
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