MOTOTÁXI

O ESTADO QUE INCHA E O SECTOR PRIVADO QUE NÃO DESCOLA

No discurso sobre o Estado da Nação, João Lourenço expôs, talvez sem querer, as fragilidades do Governo em dinamizar o sector empresarial privado.

O ESTADO QUE INCHA E O SECTOR PRIVADO  QUE NÃO DESCOLA

O chefe de Estado destacou que, entre 2002 e 2024, o número de funcionários públicos saltou de 200 para 426 mil, dos quais 43,5% são mulheres. 

À primeira vista, é um sinal de estabilidade e inclusão. Mas, numa análise mais profunda, os números revelam um modelo económico ainda excessivamente dependente do Estado, em que o emprego no sector público continua a ser o principal amortecedor social.

Mais do que mostrar a força da máquina pública, o discurso revelou a fragilidade estrutural do sector privado e a dependência crescente do Estado como empregador. Demonstra que o Governo fracassou no que à dinamização do empresariado diz respeito. 

Porém, o Presidente reconheceu a necessidade de “enxugar esta pesada máquina administrativa” e anunciou a governação electrónica como caminho para uma administração mais eficiente. Contudo, ao afirmar que o sector privado “deve crescer para absorver o excesso atualmente existente na Administração Pública”, faltou-lhe detalhar o papel do próprio Governo nesse processo.

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