O QUE IMPORTA SÃO OS NOMES, CERTO?
É mais um caso de corrupção denunciado no estrangeiro e com consequências no estrangeiro. É mais uma história que entra pela porta dentro do país e que mais provavelmente deve engrossar os arquivos do combate selectivo à corrupção em Angola.
Dos Estados Unidos da América, chega-nos a informação de que a neerlandesa Frank’s Internacional foi obrigada a pagar pelo menos 7,9 milhões de dólares ao Tesouro norte-americano por práticas de suborno em Angola entre 2008 e 2014, através da sua subsidiária Frank’s Angolan Operations. A multa foi fixada depois de um exigente acordo que obriga a companhia a ceder, além de recursos financeiros, informações privilegiadas, incluindo documentos relevantes e testemunhas fora dos Estados Unidos da América. Há pouco mais de dois anos, também do estrangeiro, designadamente da Suíça, nos chegavam notícias de que um empresário francês (Didier Henri Keller) teria revelado nomes à justiça helvética de figuras angolanas ligadas à Sonangol que tinham sido subornadas, nas milionárias negociatas do universo petrolífero. Mais para trás, enquanto o Brasil fervia com a famigerada operação ‘Lava Jacto’, testemunhos de empresários brasileiros tornados públicos davam conta dos esquemas de corrupção que alimentaram de forma directa o partido no poder em Angola, sobretudo na fase de alguns dos processos eleitorais. A este casos podem juntar-se os escândalos da Halliburton, que teve de pagar cerca de 30 milhões de dólares ao Tesouro americano, por confessados subornos em Angola. Ou os da General Cable Corporation que teve de entregar 75 milhões de dólares para ver-se livre dos apertos do SEC e do Departamento de Justiça dos EUA por corrupção em Angola para aceder a contratos.
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“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...