ANGOLA GROWING
PROJECTO ESTARÁ DISPONÍVEL ENTRE TRÊS E CINCO ANOS

Primeiro elevador sem cabos do mundo

INOVAÇÃO. Não precisa de fios para ser puxado. Criado pela holandesa OVG Real Estate, o Multi anda também na horizontal. Trata-se das últimas inovações de transportes via campo magnético.

 

O primeiro elevador sem cabos do mundo já está em fase de testes. A ideia veio do grupo ThyssenKrupp, que mostrou este elevador no final da semana passada e até já tem um cliente. A holandesa OVG Real Estate, especialista em construir edifícios sustentáveis e inovadores, comprou a ideia e vai instalar o Multi em Berlim.

O elevador vai servir a Torre Leste, com 160 metros – um dos edifícios mais icónicos da capital alemã.

O segredo para este ascensor está na levitação magnética. É através de um campo electromagnético que o elevador se consegue manter no sítio e não precisa ser puxado por um cabo, já que é impulsionado pelas forças atractivas e repulsivas do magnetismo. O motor é distribuído ao longo do percurso, não havendo necessidade de ter uma área para agregar as máquinas do elevador.

Além disso, esses elevadores permitem aumentar o tamanho dos edifícios, já que grande parte da área de grandes arranha-céus é ocupada pelos poços dos elevadores e pelos equipamentos que os comportam.

A Thyssenkrupp também já investiu 40 milhões de euros numa torre própria para testar os novos elevadores. São 246 metros só para ter estruturas elevatórias que façam uma trajectória vertical, mas também horizontal. A ideia é que este sistema se assemelhe a um sistema ferroviário no mesmo edifício, com vários ascensores no mesmo percurso.

A Torre de Luz (Aufzugstestturm), situada em Rottweil, na Alemanha, tem um pêndulo com 240 toneladas que, quando activado, faz o edifício oscilar até meio metro para cada lado. Isso irá permitir medir o comportamento dos cabos de aço dos elevadores em edifícios que oscilam com a força o vento. Mas é no interior da Torre que está a ‘magia’. Lá dentro, 12 tubos fazem os testes dos novos elevadores. Estão preparados para impactos de até 40 toneladas a 160 km/h. A torre tem ainda instalado um centro tecnológico com 80 engenheiros.

Nos últimos três anos, este grupo alemão já gastou 200 milhões de euros em investigação. A empresa acredita que este projecto estará disponível entre três e cinco anos.