Estanislau Domingos

Estanislau Domingos

Após 23 anos de paz data em que completa a 4 de abril de 2025, a reflexão sobre a reconciliação nacional em Angola é ou melhor se mostra necessária. A paz, vista como um compromisso coletivo, é fundamental para o crescimento de qualquer nação e o nosso não é diferente. No entanto, a realidade actual, com desafios persistentes, exige uma análise aprofundada. Sendo em primeira análise, reconhecer a necessidade de reconciliação num contexto pós-conflito e fortalecer este processo. O debate político também é importante, considerando as diferentes perspetivas sobre os progressos e as dificuldades encontradas. Os maiores obstáculos à reconciliação em Angola após 23 anos de paz incluem:

O país foi reconhecido e admitido no dia 12 de Fevereiro de 1976 como quadragésimo sexto membro da OUA e, em Dezembro do mesmo ano, na Organização das Nações Unidas. Há 49 anos, Angola foi admitida como membro da Organização de Unidade Africana, hoje transformada em União Africana. O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, assume a Presidência rotativa da União Africana, na 38.ª secção ordinária da conferência dos chefes de Estados a decorrer nos dias 14 e 15 de Fevereiro, isto no sábado. O Presidente assumirá a presidência rotativa da União Africana (UA) em secção ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo, que se realizada em Adis Abeba — Etiópia. A presidência rotativa da União Africana funciona de maneira a garantir que todos os estados-membros, actualmente 55 - tenham a oportunidade de liderar a organização em ciclos anuais. Aqui estão os principais aspectos desse sistema:

A RDC e Angola compartilham uma longa e complexa história, marcada por laços económicos, sociais e culturais, mas também por desafios relacionados à segurança e à instabilidade política. A instabilidade persistente na RDC, motivada pelo conflito que opõe o governo ao movimento denominado M23, apoiado por outras forças e o governo ruandês, que tomou a província do Kivu Norte e ameaça a tomada de outros territórios, tem um impacto significativo em Angola, afectando diversos aspectos, desde a economia às finanças até à segurança fronteiriça e à gestão de fluxos migratórios.