Dos 12,582 milhões de empregos registados pelo INE 74,41% são informais
TRABALHO. Mais 35.862 angolanos entraram na estatística dos desempregados durante o exercício passado. Emprego criado andou a reboque do sector informal, dando mostras da incapacidade do Governo
em formalizar a economia e criar empregos.

O número da população empregada cresceu 7%, saindo de 11,692 milhões para os 12,582 milhões, em 2024. Contudo, grande parte da população empregada continua a ser do sector informal, uma tendência que engorda os registos de empregados. Nota-se, por outro lado, que o emprego líquido divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) está acima do divulgado pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS).
Dos 12,582 milhões de empregados em território angolano, com 15 ou mais anos, apenas mais de 2,563 milhões têm emprego formal. Por sua vez, 74,41% da população empregada (correspondente a 10,018 milhões) está inserida no mercado informal, dos quais 4,436 milhões são homens e 5,582 milhões são mulheres.
Contra a expectativa do Governo, que tem tentado combater a informalidade com recurso inclusive à repressão e através de vários programas, alguns aparentemente descontinuados, como é o caso do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), a população na economia informal aumentou à boleia do desemprego que se mantém elevado no sector formal. Em 2024 entraram para o informal mais 607.367 pessoas comparativamente ao ano anterior.
Se cresce a população no informal, também os angolanos desempregados seguem a mesma tendência. O número de desempregados aumentou 35.862, elevando-se a 5,501 milhões. Ainda assim, a taxa de desemprego desceu 1,1 pontos fixando-se em 30,4% e mantendo-se distante dos 25% perspectivados pelo Governo dentro de dois anos.
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