Economia angolana vai crescer abaixo dos níveis de 2024 com incertezas no mercado cambial
ANÁLISE. Esforço no pagamento da dívida externa está a deixar a tesouraria numa situação “delicada”, consequentemente, agudizando a incerteza no mercado cambial que atiça a inflação. BFA antevê que 2025 não será um ano com crescimento económico que supere o de 2024.
O exercício económico deste ano não será dos melhores para o país, perspectivando-se um cenário de persistente escassez de divisas que levará à depreciação do kwanza com impacto no índice de preços que deverá ver pressionado com mais uma eventual retirada da subvenção aos combustíveis.
A antevisão é do Gabinete de Estudos Económicos do BFA, no recém-publicado relatório de conjuntura do primeiro trimestre de 2025. Os economistas do BFA esperam que a economia “continue a crescer”, entretanto num nível inferior ao verificado em 2024. “A expectativa é que a economia petrolífera cresça perto, mas, provavelmente, abaixo dos 2%”, desempenho que se deve justificar com o “incremento na produção decorrente do início de exploração em novos poços, destacando o South Ndola, CLOV 3 e Begónia”. Já, para o caso da economia não-petrolífera, o BFA estima um crescimento “um pouco abaixo do verificado em 2024, a rondar os 3%”.
Apesar de as vendas de divisas, em 2024, crescerem cerca de 8,3% em comparação com o ano anterior, ainda abaixo dos níveis de 2022, a disponibilidade de moeda estrangeira no mercado está muito longe das necessidades. O Gabinete de Estudos Económicos do BFA considera que a “situação financeira delicada do Tesouro”, com pagamentos ao exterior mais elevados do que recebimentos, tem “condicionado” a sua presença no mercado cambial.
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