LinkedIn explica razões ?para mudanças de emprego

17 Mar. 2016 Valor Económico Gestão

TRABALHO. O avanço profissional e a necessidade de mudar de carreira estão entre os principais motivos que concorrem para as permanentes mudanças de emprego, indica uma pesquisa elaborada pela rede de perfis profissionais.

Um estudo, elaborado pela área de soluções de talentos do LinkedIn, considerada uma das maiores redes de perfis profissionais do mundo, divulgou um estudo sobre o mercado de trabalho global, mais precisamente sobre os motivos que levam as pessoas a mudarem de emprego.

O LinkedIn, que conserva uma rede de contactos com mais de 350 milhões de utilizadores no mundo, ressalta que os principais motivos que concorrem para as permanentes mudanças de emprego são, entre outros, os novos desafios e o avanço profissional, além da mudança de carreira.

O estudo enumera outras razões, nomeadamente os investimentos em recomendações para descobrir uma nova vaga, mas avança também que um dos principais motivos está relacionado com candidatos que apresentam dificuldades de trabalhar na empresa que está a oferecer a oportunidade.

Foi possível identificar, através do estudo, que 34% dos candidatos no mundo mudam radicalmente de empresa e carreira. Outro dado interessante é o facto de as mulheres serem mais cautelosas na hora da mudança, representando 19%.

A diferença também é grande entre as gerações. Pessoas, com idades compreendidas entre os 18 e 35 anos, por exemplo, são as mais vulneráveis às mudanças. Já os profissionais dos 36 aos 50 anos representam 35% e os com mais de 51, apenas 6%.

O principal motivo para a troca de emprego é a oportunidade de novos desafios na carreira, sendo que do total dos inqueridos, 35% representa essa fasquia. Outro pormenor relevante, na pesquisa, é o facto de 49% dos profissionais, a nível mundial, não criarem expectativa de uma contraproposta do antigo empregador. Geralmente, no novo cargo ou empresa, 74% dos candidatos ganha a mais que no último trabalho.

Após analisar o comportamento de rotatividade profissional de 7 milhões de utilizadores do LinkedIn, o estudo concluiu que “é possível notar que um em cada três candidatos muda de emprego e de carreira por completo, representando 34% de pessoas que buscam novos desafios”. Já 66% apenas troca de empresa continuando a exercer a mesma função”.

PERDA DE TALENTOS

Outro apontamento é de que as grandes empresas estão a perder talentos para as pequenas. Os candidatos estão a migrar para organizações menores, em busca, principalmente, de crescimento na carreira, além de um trabalho desafiador. A compensação financeira na remuneração representa o segundo principal motivo para aceitar a nova oportunidade. São 54% dos profissionais que aceitam a proposta por causa de melhores rendimentos e benefícios. A pesquisa mostra também que, ao procurar por vagas de emprego, há uma mudança de atitude conforme a geração do candidato. Por exemplo, pessoas com mais de 51 anos apostam nas recomendações de conhecidos dentro das empresas que estejam a oferecer a oportunidade de emprego. A geração dos 36 aos 50 anos tem o hábito de contactar um ‘headhunter’, recrutador ou agência de empregos. Já os candidatos dos 18 aos 35 anos, recorrem à internet e a portais de emprego para acharem os novos cargos. Segundo o estudo, 75%, ou seja, 3/4 das pessoas que mudaram recentemente de emprego utilizaram o LinkedIn como instrumento de informação para tomar a decisão. É por meio da rede profissional que os candidatos, quando saem em busca de melhores oportunidades, conseguem conhecer o trabalho das outras empresas.