Aumento dos custos operacionais cria barreiras no negócio do carvão vegetal
PRODUÇÃO. Comerciantes mostram-se descontentes com o aumento do preço do frete. E lamentam o mau estado das vias de acesso aos fornos de carvão fazendo com que levem dias para tirar a mercadoria. Produto é adquirido em diversos pontos do país e com preços variáveis.
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Nos últimos anos, a venda de carvão em Angola tem enfrentado uma série de desafios que afectam tanto os comerciantes quanto os consumidores. Com o aumento contínuo dos custos de produção e transporte, o comércio do produto, uma das actividades económicas informais mais antigas do país, vem-se tornado cada vez mais difícil para aqueles que dependem desse negócio.
Maria, comerciante de carvão há 15 anos e que, normalmente, adquire 60 sacos de 50 quilogramas, começou o negócio como uma pequena revendedora, comprando em baldes para revender. Com o passar do tempo, conseguiu expandir as operações, passando a deslocar-se muitas vezes às matas da província do Bengo para comprar a mercadoria directamente dos produtores.
Segundo calcula, desde 2017, os preços do carvão dispararam entre 150% e 250%, saindo dos mil kwanzas para entre 2500 e 3500 kwanzas, dependendo da zona de compra e das dificuldades no acesso, conforme o período (de chuva ou seco).
As matas do Bengo, Huambo e a zona de Cariango, Cuanza-Sul, estão entre as principais zonas de aquisição do produto. Além do aumento do preço do carvão, as comerciantes também enfrentam o aumento do preço do transporte que disparou mais de 100%, com o custo médio por cada saco a passar de 1.500 para 3.500 kwanzas.
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