Suely de Melo

Suely de Melo

14 Jun. 2024

Coisas do MPLA…

De um tempo a esta parte, virou moda os ministros queixarem-se que os angolanos estão a fazer muitos “nenés” e justificarem assim a incompetência generalizada que, dia após dia, serve de trampolim para indigência à qual os mwangolés estão atirados. Como se diz por aí, na outra vida devemos ter sido o povo que preferiu Barrabás a Jesus, o mesmo povo que atirou pedras à cruz e que por isso merece o governo que tem. Ora, primeiro a ministra da Educação justificou o elevado número de crianças fora do sistema de ensino com o aumento populacional. Logo de seguida, o ministro da Energia e Águas lamentou que não seja possível, 49 anos depois, distribuir o líquido precioso a todos, por conta do aumento populacional. Agora a ministra das Pescas justificou, com o aumento populacional, o facto de o pescado não chegar para todos.

Esta semana, o ‘Campeão da Paz’ respondeu com um redondo NÃO ao convite do presidente ucraniano, para participar na Cimeira sobre a Paz na Ucrânia, prevista para os dias 15 e 16 de Junho. O “viajador compulsivo”, como já muitos lhe chamam, alegou “razões de calendário”, sem, no entanto, dar qualquer detalhe que justifique a sua ausência. É deveras estranho tendo em conta o registo histórico e o aparente prazer de João Lourenço em somar horas de voo, bem como em estar presente em actividades onde estarão alguns dos principais líderes da política internacional, como certamente vai acontecer na Suíça. Mas, afinal de contas, que compromisso inadiável e de carácter secreto impedirá João Lourenço de levar ao Ocidente a sua ‘expertise’ na mediação de conflitos que lhe granjeou o título de ‘Campeão da Paz’?

23 May. 2024

“E o povo, pá?

É difícil não chegar à conclusão que (como dizem as crianças) o Presidente da República não “se cortou skimini” com os angolanos. O que lhe terão feito esses pobres sofredores, não se sabe. O que se sabe é o que está à vista de todos.

 

No habitual exercício de “toma lá, dá cá”, depois de ter aberto os cordões à bolsa para sacar míseros 30 mil kwanzas para os funcionários do regime geral da função pública, eis que três dias depois o preço do gasóleo sobe quase 50%.

 

Vezes sem conta, cá na Essencial e em outros fóruns, muito boa gente, entendida na matéria, enumerou o que falta para que se alavanque o turismo. Mas, parafraseando a empresária Filomena Oliveira, “eles são mesmo surdos”.