Agência Lusa

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O Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação prevê investir mais de nove milhões de euros na modernização do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (Inamet), processo apoiado por França, noticia a Lusa.

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De acordo com a proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, em discussão na Assembleia Nacional até o próximo mês, aquele ministério prevê avançar este ano com a primeira fase do projecto de modernização, que deverá prolongar-se até 2022.

Nesta primeira fase, segundo a proposta orçamental, serão investidos 2.100 milhões de kwanzas. Em 2017 estava prevista a recepção pelo Inamet de equipamentos e ‘software’ fornecidos pelo instituto público Météo Française Internationale (MFI), no âmbito do projecto de modernização.

Esse processo envolve a assinatura de um contrato de fornecimento entre a MFI e o Ministério das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação, subdelegado no diretor-geral do Inamet, Domingos José do Nascimento, conforme despacho governamental a que a Lusa teve acesso em Julho de 2017.

Assinado pelo ministro das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, o documento refere que o contrato com a MFI envolve ainda obras de construção civil e a prestação de outros serviços no âmbito do contrato para a modernização do Inamet.

A concretização deste contrato resulta de um acordo assinado em Luanda, a 03 de Julho de 2015, durante a visita do então Presidente francês à Angola, prevendo uma parceria do Inamet com o instituto público Météo Française Internationale e a empresa angolana LTP Energia. Aquele instituto público chegou a apresentar um Plano de Desenvolvimento Estratégico para o período 2011-2017, avaliado em mais de 116 milhões de dólares, cuja concretização foi dificultada pela crise.

Previa então o reforço da capacidade operacional do Inamet, como a reposição e funcionamento adequado de 28 estações convencionais, espalhadas por todas as províncias, a instalação de 572 novas Estações Meteorológicas Automáticas (EMAS) para fins sinópticos (previsão de tempo), climáticos, agrometeorológico e hidrológico.

O plano envolvia ainda a instalação de estações de medição da radiação Ultra Violeta (UV), descargas elétricas atmosféricas e qualidade do ar, e a construção de três centros regionais de previsão do tempo para as áreas norte, centro e sul do país.

O uso de cheques no sistema bancário nacional está a cair em desuso, tendo atingido em 2017 um mínimo histórico de menos de 320.000 utilizados para pagamento, indicam dados do Banco Nacional de Angola (BNA), citados pela Lusa.

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De acordo com o relatório do banco central, trata-se de uma quebra de 28,5% no número de cheques transaccionados, face a 2016, caindo para 319.185, praticamente metade dos cheques que em 2014 foram utilizados pelos angolanos para realizar pagamentos (mais de 625.000).

O montante envolvido nas transacções com cheques em Angola também atingiu um mínimo desde pelo menos 2010 (últimos dados disponibilizados pelo BNA), descendo no último ano para 927.935 milhões de kwanzas, igualmente uma quebra superior a 22%, face a 2017.

O pico no montante de transacções no país envolvendo cheques atingiu-se em 2013, antes dos efeitos da crise económica, com um recorde de 2,173 mil milhões de kwanzas. Estas quebras na utilização desta forma de pagamento, que contrasta com o crescimento dos pagamentos electrónicos, também levaram à descida no total e montantes de cheques sem provimento, que descerem em 2017 para um total de 4.742, uma quebra de 30% face a 2016.

Ainda assim, os cheques sem provimento que chegou a banca comercial nacional no último ano representaram um montante superior a 20.741 milhões de kwanzas.

O Presidente da República, João Lourenço, reuniu-se hoje (24), na Suíça com o homólogo brasileiro, Michel Temer, tendo anunciado no final que prevê realizar uma visita oficial ao Brasil em Maio deste ano.

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À margem do Fórum Económico de Davos, na Suíça, o chefe de Estado sublinhou a importância das relações entre os dois países e anunciou a partida para Brasília do ministro das Finanças, Archer Mangueira, para negociar a retoma dos financiamentos a Angola do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).

"O ministro das Finanças de Angola deve chegar a Brasília dentro de dois ou três dias para, a esse nível, de ministros, começarem a trabalhar no sentido da retomada da linha de financiamento do Brasil, que é suportada pelo BNDES", disse João Lourenço, questionado pelos jornalistas após o encontro com o Presidente brasileiro e depois de no dia anterior ter delegado o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, as declarações oficiais sobre a reunião que manteve com o primeiro-ministro português, António Costa.

O Presidente angolano sublinhou que aproveitou a oportunidade para "agradecer ao Presidente Temer" o convite formulado para visitar o Brasil "ainda este ano, em data que está muito próxima, provavelmente para o mês de Maio". "O encontro foi bastante bom, aliás era de esperar que assim fosse tendo em conta as relações entre Angola e o Brasil serem relações de amizade, de cooperação, que datam de há bastante tempo, praticamente desde que Angola se tornou independente, há cerca de 42 anos", disse João Lourenço, sublinhando que a reunião serviu para abordar aspectos gerais da cooperação económica entre Angola e o Brasil.

"Devo adiantar apenas que a nossa prioridade é financiar as obras públicas de grande envergadura, nomeadamente infra-estruturas nos sectores da construção, da energia e águas, sobretudo em barragens hidroeclétricas", justificou ainda João Lourenço, a propósito das negociações, nos próximos dias, entre os dois governos.

A moeda nacional voltou a sofrer uma depreciação, nesta terça-feira, 23, desta vez de quase 2%, face ao euro, já com o efeito das novas limitações introduzidas esta semana pelo Banco Nacional de Angola (BNA) para travar a especulação cambial.

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Desde que a moeda europeia passou a ser a referência para o mercado de câmbios de Angola no novo regime flutuante cambial, a 09 de Janeiro, a moeda nacional já acumula uma depreciação de quase 26,5% para o euro, que agora vale 253,7 kwanzas na compra (pelos clientes), e praticamente 20% para o dólar, que passa a valer 207,0 kwanzas, de acordo com as novas taxas cambiais divulgadas, terça-feira, pelo BNA.

Estas taxas de câmbio resultam do terceiro leilão de divisas feito pelo banco central em 2018, realizado esta terça-feira em Luanda e no qual participaram 26 bancos, os quais compraram a totalidade do montante colocado à disposição, de 81,8 milhões de euros, anunciou ainda o banco central.

O número de cartões multicaixa emitidos para a rede interbancária nacional aumentou em mais de 1,3 milhões em 2017, face ao ano anterior, atingindo um novo máximo histórico, segundo informação da empresa responsável pelo serviço.

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De acordo com dados da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), citados pela Lusa, o número de cartões multicaixa considerados válidos atingiu no final do ano passado os 5,86 milhões, dos quais 4,16 milhões estão activos, sendo por isso utilizados regularmente.

Em 2010, a rede multicaixa nacional contava com apenas dois milhões de cartões válidos, dos quais 1,3 milhões activos, pelo que no espaço de oito anos foi acumulado um crescimento de 190%. Em Angola, segundo a EMIS, existiam em funcionamento no final de 2017 um total de 3.026 Caixas Automáticas, mais 115 face ao ano anterior.

Estavam ainda registados, em Dezembro do ano passado, 77.244 Terminais de Pagamento Automático (TPA), que podem ser utilizados com os mesmos cartões multicaixa e em todo o tipo de comércios e serviços, emitidos pelos mais de 25 bancos que operam no país, representando neste caso um crescimento de 10.000 terminais no espaço de um ano.