Montante tem como objectivo assegurar a importação de matéria-prima. O Banco Nacional de Angola (BNA) efectuou, nesta semana, um leilão de venda de divisas, tendo colocado no mercado primário o ‘plafond’ de 150 milhões de euros para cobertura de cartas de crédito. Este montante tem como objectivo assegurar a importação de matéria-prima, no montante de 100 milhões de euros e o remanescente para cobertura de mercadoria diversa, incluindo mobiliário, equipamento doméstico, vestuário e calçado. Para bens alimentares e medicamentos, mantém-se ainda o mecanismo de vendas de divisas directas por indicação dos organismos de tutela. Para operações privadas (educação, saúde e viagens), a venda de divisas mantém-se por alocação aos bancos comerciais em função da sua quota de mercado no segmento de particulares. De acordo com o comunicado do BNA, disponível no seu site, nesta sessão, que contou com a participação de 17 bancos comerciais, não resultou qualquer alteração da taxa de câmbio. No último leilão, realizado dia 10 de Abril, o BNA colocou no mercado primário o montante de 50 milhões de euros para importação de matéria-prima e pagamento de serviços para cobertura de operações de pequenas e médias empresas.
Valor Económico
Angola participa nas reuniões de Primavera nos EUA
Delegação angolana vai participar, durante uma semana, em várias reuniões estatutárias do FMI e do Grupo Banco Mundial, bem como em seminários técnicos e na apresentação de relatórios sobre as perpectivas do ambiente macroeconómico mundial e regional. Uma delegação angolana, chefiada pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, participa nas reuniões de Primavera das instituições de Bretton Woods (Fundo Monetário Internacional e o Grupo Banco Mundial), que decorre entre 16 e 22 deste mês, em Washington, EUA. Durante uma semana, a delegação angolana vai participar em várias reuniões estatutárias do FMI e do Grupo Banco Mundial, bem como em seminários técnicos e na apresentação de relatórios sobre as perpectivas do ambiente macroeconómico mundial e regional. De acordo com uma nota de imprensa do Ministério das Finanças, durante o evento Archer Mangueira manterá encontros com altos responsáveis de departamentos do FMI e do Banco Mundial e com investidores internacionais, organizados por bancos de investimento e parceiros como os bancos VTB, HSBC, Deutche Bank e Goldman Sachs. Entre os investidores, encontram-se alguns vinculados à próxima operação de emissão de obrigações do Estado nos mercados financeiros internacionais, dando continuidade e consolidação da curva de rendimentos dos títulos angolanos. Estes encontros visam actualizar o quadro macroeconómico nacional, com particular ênfase o plano macro fiscal e de endividamento, recentes desenvolvimentos da política monetária e cambial e do sistema financeiro do país, consubstanciados no Programa de Estabilização Macroeconómica, assegurando o diálogo regular com os investidores internacionais e potenciar novas oportunidades para a economia nacional. Além destes encontros, Archer Mangueira também vai participar na conferência de imprensa dos ministros africanos das Finanças, marcada para 21 de Abril. Nesta conferência, onde estarão apenas quatro ministros do continente africano, Angola terá a oportunidade de partilhar com os media internacionais e o público em geral, a evolução económica recente e os esforços que estão a ser feitos para acelerar a implementação da agenda do desenvolvimento do país. Para este evento, integram a delegação angolana o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Massano, o secretário do Presidente da República para os Assuntos Económicos, Ricardo Viegas d'Abreu, o secretário de Estado do Planeamento, Neto Costa, entre outras individualidades do país.
Angola vai vender 150 focas vivas ainda este ano
SUSTENTABILIDADE. Governo voltou a autorizar a exportação do animal no início deste ano. Oceanários e jardins zoológicos da Rússia, China e do Uruguai, entre outros, são os principais destinos. Angola iniciou, em 2017, a exportação de focas vivas, para oceanários e jardins zoológicos de todo o mundo, com uma centena de exemplares, volume que já este ano deverá aumentar para 150. A informação foi avançada na semana passada, à Lusa, pelo responsável da empresa Mar Dourado, Juan José González Silveira, que vai para o segundo ano neste negócio, a partir do município do Tômbwa, no Namibe. As focas são capturadas, em conformidade com a legislação vigente, na Baía dos Tigres, 100 quilómetros para Sul, e depois de um período experimental em 2017, a empresa construiu, no Tômbwa, instalações de raiz, com quatro tanques, para adultos e focas mais jovens, podendo albergar, em simultâneo, até 50 animais vivos. “Tentamos que não lhes falte nada. E temos boas condições”, garantiu o empresário. O negócio dá emprego a cerca de 30 pessoas e as instalações, junto à baía do Tômbwa, garante Juan Silveira, “obedecem às normas internacionais”, com sol e sombra, além da alimentação. “O problema é que as focas não sabem comer pescado morto, estão habituadas a comer peixe vivo. Temos de as ensinar a comer e isso leva 20 dias, às vezes, um mês”, explica. Em 2017, o empresário argentino conduziu as primeiras exportações de focas em Angola, todas oriundas da Baía dos Tigres e onde são capturadas com recurso a redes e laços, num total de 100, vendidas por cerca de 1.200 euros cada uma. Seguiram para oceanários, parques marinhos e jardins zoológicos da Rússia, China e do Uruguai, entre outros destinos. Um negócio que vai aumentar este ano, com encomendas de 150 focas angolanas. “Correndo tudo bem, penso que, em dois ou três meses, temos as capturas feitas”, explica. No recinto aquático da empresa, as focas podem ficar até cerca de mês e meio, no processo de adaptação necessário antes de seguirem viagem para o destino final, antes viajando por terra mais de 1.000 quilómetros até ao aeroporto internacional de Luanda. “O normal seria que, após 40 dias da captura, estivessem fora. O importante é estarem aqui o menos tempo possível, porque este local é apenas para a manutenção. Mas temos de certificar que não têm qualquer doença ou problema ao sair do país”, acrescenta Juan. A captura de focas voltou novamente a ser permitida em 2018, em Angola, segundo a regulamentação para a actividade de pesca este ano, que entrou em vigor a 22 de Janeiro. A medida volta a estar prevista no artigo 16.º do regulamento sobre as medidas de gestão das pescarias marinhas, da pesca continental e da aquicultura, para este ano, e define ser “permitida a captura de focas como forma de assegurar a gestão racional e sustentável dos recursos biológicos aquáticos”. A pele de foca é aproveitada para produzir sapatos no Namibe, mas também os ossos e a carne são aproveitados. Cada um destes mamíferos pode chegar a alimentar-se diariamente com oito quilogramas de peixe. Segundo um estudo de 2015, a população de focas em Angola registou um crescimento de 12,4 por cento, em três anos, passando de 26.235 para 33.449. A autorização ao abate de focas no Sul de Angola tem sido anualmente feita pela Governo desde 2013, como forma de gestão desta população na Baía dos Tigres, no Namibe, e por não ser uma espécie ameaçada no país. “Devem ser organizados programas de monitorização em conformidade com as normas ambientais e prestação de informação de exploração do recurso”, lê-se no mesmo artigo do regulamento para 2018, que também não específica quantidades de captura permitidas. O regulamento refere apenas que esta pesca “deve ser acompanhada por cientistas do Instituto nacional de Investigação Pesqueira” e que envolverá a “instalação de uma fábrica” para “processamento das focas” na Baía dos Tigres, no Tômbwa.
PRIVACIDADE. WhatsApp, outro aplicativo da empresa, já possui, desde o ano passado, a ferramenta de apagar mensagens para qualquer usuário. Novidade surge depois de Mark Zuckerberg ter apagado mensagens de forma secreta. O Facebook deverá lançar para o Messenger a melhor ferramenta disponível no WhatsApp: a de apagar mensagens que já foram enviadas. Segundo informações do TechCrunch, a novidade virá depois de a rede social ter, no passado, apagado secretamente mensagens enviadas pelo próprio CEO Mark Zuckerberg. Três fontes diferentes disseram ao site especializado que as mensagens enviadas por Zuckerberg foram apagadas sem qualquer explicação. A empresa disse que tomou a medida para “proteger executivos”, mas nunca falou explicitamente sobre o assunto aos usuários. Também do Facebook, o WhatsApp possui, desde o ano passado, a ferramenta de apagar mensagens para qualquer usuário. Mas, nesse caso, a mensagem não desaparece sem deixar vestígios: o destinatário recebe um aviso, diferentemente do que ocorreu com as mensagens de Zuckerberg e outros executivos. A controvérsia piora dado o momento da descoberta. Accionistas do Facebook vêm pedindo a renúncia de Zuckerberg em meio ao escândalo de mau uso de dados pela empresa Cambridge Analytica, ligada à campanha do actual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ao The Verge, um porta-voz da companhia disse que a possibilidade de apagar as mensagens será lançada aos usuários a qualquer momento. “Agora, faremos uma função mais ampla de apagar mensagens. Isso pode levar algum tempo. E até que esteja pronta, não iremos mais apagar mensagens de nenhum executivo”, escreveu o porta-voz. O Facebook removeu mensagens privadas enviadas por Mark Zuckerberg pelo Facebook Messenger a diferentes destinatários nos últimos anos. A revelação da TechCrunch agudiza a crise de confiança pela qual a rede social tem passado nos últimos dias, após a denúncia de que, pelo menos, 87 milhões de usuários tiveram os seus dados obtidos ilicitamente. Segundo a publicação, três fontes diferentes confirmaram ao TechCrunch que mensagens que receberam de Zuckerberg foram removidas da sua caixa de entrada – embora as respostas dadas ao executivo tenham permanecido lá. Questionada sobre o assunto, a empresa respondeu que mudou a sua política de comunicações por motivos de protecção, depois que, em 2014, a Sony foi afectada por hackers e as mensagens internas foram acedidas. O Facebook disse que usuários que utilizam a versão criptografada do Messenger poderão usar um temporizador para que as suas comunicações sejam apagadas automaticamente.
Mary Meeker, a maior investidora de riscos do ...
DISTINÇÃO. Investidora norte-americana foi distinguida este ano como a mulher que maior investimento aplicou em fundos de capital de risco, em todo o mundo, tendo-se posicionado em sexto lugar na classificação geral de um ranking da Forbes sobre a matéria. Ex-analista de títulos da Wall Street e actualmente sócia da firma de capital de risco Kleiner Perkins Caufield & Byers, Mary Meeker foi distinguida pela revista Forbes como a maior investidora de risco do mundo em 2018, ocupando o 6.º lugar no ‘ranking’ ‘Lista Midas’. A distinção de Mary Meeker é justificada pela Forbes pela “lucidez” que teve na aposta que efectuou em empresas como a Airbnb, o site de comércio chinês JD.com, Slack, Spotify ou ainda no Facebook. Mas a investidora norte-americana tem estado a demonstrar também valências noutras áreas. Desde que o maior sócio da Kleiner, John Doerr, deixou de ser responsável pelos novos fundos da empresa, Meeker assumiu mais uma responsabilidade e ajuda a liderar a equipa de capital digital, que se foca em empresas de internet em crescimento. Distinguida em 2014 como a 77.ª mulher mais poderosa do mundo, também pela Forbes, Mary Meeker tornou-se, pela primeira vez, a maior investidora de risco do planeta, em 2016, lugar antes pertencente a Jenny Lee, da GGV Capital, que ocupou o 10.º lugar em 2015. A ‘lista Midas’, produzida com a participação da True Bridge Capital Partners, enumera os investidores de risco com base no número e volume de negócios ao longo dos últimos cinco anos, sendo que os mais ousados, ainda que em estágio inicial, têm maior peso. O ‘ranking’ considera apenas a abertura de capitais de mais de 200 milhões de dólares. VETERANAS PERSISTEM O ‘ranking’ da Forbes destaca, porém, outras individualidades femininas como é o caso de Rebecca Lynn, que aparece como a segunda mulher que mais investiu em fundos de capitais de riscos. Apesar deste resultado, a co-fundadora e sócia da Canvas Ventures aperece na 31.ª na classificacão geral, muito abaixo de Mary Meeker. Todavia, Rebecca Lynn ‘saltou’ 13 posições na lista em relação ao ano passado, graças, em parte, ao facto de ter conseguido levantar o seu segundo financiamento, de 300 milhões de dólares, na segunda metade de 2016. Consta que a empresa que dirige, a Canvas, utilizou o fundo para investir em ‘startups’ como a Eden Technology Services, a plataforma de mentoria Everwise e a Luminar Technologies, uma fabricante de sensores Lidar que se tornou conhecida este ano. Destaca-se também que Rebecca Lynn já participou de negócios-chave, como o IPO de 2015 da Lending Club e a venda da Future Advisor, que foi adquirida pela Black Rock por 150 milhões de dólares em 2015. A próxima investidora no ‘ranking’, Miura-Ko, do Floodgate Fund, também é fundadora da All Raise. Natural de Palo Alto, na Califórnia, investiu no fabrico de ‘softwares’ de máquinas de inteligência artificial Ayasdi e Xamarin, que a Microsoft adquiriu em Fevereiro de 2016 por mais de 400 milhões de dólares. Outra mulher de destaque é Beth Seidenberg, da Kleiner Perkins, que voltou para a lista por ter liderado negócios como o da Flexus Biosciences, que foi adquirida em 2015 por 1,25 mil milhões de dólares, e a empresa de biotecnologia para doenças raras True North Therapeutics, que foi vendida para a Bioverativ por cerca de 400 milhões de dólares no ano passado. Treze anos depois de entrar na Kleiner Perkins, a especialista em biotecnologia incubou oito empresas e actua no conselho de directores de outras 12. Constam ainda da lista outras mulheres investidoras de risco, no entanto, já veteranas do ‘ranking’. Destas, destacam-se Jenny Lee, fundadora e sócia da GGV Capital (74.ª); Kirsten Green, fundadora e sócia da Forerunner Ventures (77.ª); e Theresia Gouw, sócia da Aspect Ventures, que se posicinou no 89.ª lugar.
Falta de plano de emergência, tratamento das bagagens e indifinição do operador...