Por anos a fio, este espaço foi incansável nos alertas a João Lourenço para os riscos da diplomacia truculenta na abordagem do sensível dossier chinês. E os avisos sempre foram fundamentados conforme a crueldade dos factos. A China era e é o nosso principal problema externo. Por arrasto, no quesito Finanças Públicas, passou a ser também o grande problema interno. Sem abdicar do dever de defesa da soberania do país, João Lourenço tinha, por isso, a obrigação de controlar o verbo sempre que levantasse o tema chinês em praça pública. Por sua conta e risco, o Presidente decidiu ignorar por completo as críticas. Optou antes por alinhar-se a algum lunatismo que insiste em tentar convencê-lo de que, no limite, Angola pode escolher simplesmente fazer-se de caloteira. No que dizem e escrevem publicamente, os ‘influencers’ do
Presidente não lhe oferecem, entretanto, uma única linha sobre o que seriam as consequências económicas, sociais, políticas e reputacionais para Angola, caso se decidisse por uma escolha tão radical.
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