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Valor Económico

Valor Económico

CELEBRAÇÃO. Nasceram de projectos locais ou de pequenos negócios e tornaram-se grandes actores da económica global. Resistiram e sobreviveram a crises económicas e celebram todas 100 anos este ano.

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SALAM

Presidente - Johan van Zyl 61 anos

Resultado líquido - 748 milhões de dólares (2015)

South African National Trust e Assurance Company Limited (Salam), foi registada a 8 de Junho de 1918. O grupo evoluiu ao longo dos anos de uma seguradora tradicional para um provedor de serviços financeiros locais e internacionais.

Hoje, a Salam é um fornecedor diversificado de serviços financeiros com um extenso produto que oferece ‘catering’ a todos os segmentos de mercado. O grupo cresceu de forma consistente tanto local quanto internacional, com a presença em mais de 10 países africanos e na Índia, Malásia, Filipinas, Reino Unido, Irlanda, EUA, Suíça e Austrália.

CITIZEN

Watch CEO – Toshio Tokura

Facturação: 193 mil milhões de dólares

Principal empresa do grupo corporativo japonês Citizen, foi fundada sob o nome de Shokosha Watch Research Institute, mas, em 1924, mudou para Citizen derivado de um modelo de relógio de bolso que comercializou naquela época e registado a 28 de Maio de 1930.

A Citizen Watch actualmente é um dos maiores produtores de relógios de pulso de quartzo e relógios automáticos em todo o mundo. Consta do seu leque de produção, cronómetros, calculadoras, diários electrónicos, televisores portáteis, glucómetros, impressoras e ‘toners’. Em 2008, adquiriu a empresa de vigilância Bulova, famosa por ter fabricado o primeiro relógio de pulso electrónico do mundo, o Bulova Accutron.

HERTZ GLOBAL

CEO, director presidente - Kathryn V. Marinello, 61 anos

Facturação - 1,9 mil milhões de dólares

Hertz Global Holdings opera as marcas de aluguer de veículos Hertz, Dollar e Thrifty em aproximadamente 9.700 locais, usando o ‘franshising’ na América do Norte, Europa, Caribe, América Latina, África, Médio Oriente, Ásia, Austrália e Nova Zelândia.

Fundada por Walter L. Jacobs, de Chicago, Illinois, o aluguer de carros começou com uma dúzia de carros modelo Ford T. Depois de cinco anos, a frota de Jacob expandiu-se para 600 veículos, gerando uma receita anual de aproximadamente um milhão de dólares. Tornou-se numa das maiores empresas de veículos de uso geral de aeroporto em todo o mundo. A receita total no primeiro trimestre de 2017 foi de 1,9 mil milhões de dólares, mas registou uma queda de 3% em relação ao primeiro trimestre de 2016.

BANK OF EAST (BEA)

Presidente e Director Presidente - Kwok Po Li, 77 anos

Activos – 101 mil milhões de dólares

Incorporado em Hong Kong em 1918, o Bank of East Asia (‘BEA) dedica-se a fornecer serviços bancários corporativos, pessoais, gestão de património e investimento aos seus clientes em Hong Kong, na China e a outros mercados importantes no mundo. Tornou-se o maior banco local independente de Hong Kong, com activos consolidados totais de 101 mil milhões de dólares a 30 de junho de 2017. Listado na Bolsa de Valores de Hong Kong, o banco entra no índice Hang Seng.

PANASONIC

Presidente - Kazuhiro Tsuga

Facturação em 2017 65,8 mil milhões de dólares

A Panasonic Corporation é líder mundial no desenvolvimento de diversas tecnologias e soluções electrónicas para clientes nos negócios de eletrônicos de consumo, habitação, automóvel e B2B.

Foi fundada em 1918 com o nome de Matsushita Electric Industrial, pelo Konosuke Matsushita, que, com apenas 23 anos, cirou uma pequena empresa familiar com dois empregados, fabricando um ‘plug’ para tomada eléctrica, projectado por ele mesmo. A Panasonic desenvolvia também uma antiga linha de produtos chamada National, que fabricava inicialmente produtos electrodomésticos, aparelhos pessoais e aparelhos industriais. Posteriormente, a National também passou a fabricar micro-ondas e alguns produtos electrónicos. Vendo que a utilização de um nome único seria mais viável, interrompeu os produtos National e passou a fabricar somente produtos com a marca Panasonic.

A empresa expandiu-se globalmente e agora opera com 495 subsidiárias e 91 empresas associadas em todo o mundo, registando vendas líquidas consolidadas de 65,8 mil milhões de dólares no ano fechado a 31 de Março de 2017.

CÂMBIO. Dólar disparou no mercado informal. Nota de 100 dólares, que estava a ser trocada a 36 mil kwanzas até Dezembro, está a ser comercializada a 41 mil kwanzas. Novo regime de câmbio flutuante, anunciado recentemente pelo BNA, fez subir o preço da moeda estrangeira.

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Em Luanda, até à última sexta-feira, 12, quem vendesse 100 dólares conseguia 41 mil kwanzas. Mas quem quisesse comprar a moeda norte-americana precisava de desembolsar mais de 43 mil kwanzas para conseguir os mesmos 100 dólares. Todos os dias, os preços mudam e até subiram a partir do momento em que o Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou o novo regime flutuante do câmbio.

Na semana passada, o dólar disparou no Prenda, Cassenda, Maculusso, Maianga e nalgumas ruas do Alvalade e ainda nas imediações da Rádio Nacional de Angola, zonas preferenciais para a troca de moeda no mercado informal.

A alteração mais significativa é no cenário. As kínguilas já não mostram os montes de notas, como se via antes até a polícia ter desmantelado a troca ambulante de dólares no Mártires do Kifangondo.

Em muitas avenidas em que há ajuntamento de kínguilas, só troca a moeda estrangeira aquele que for cliente “bem conhecido”, porque a polícia tenta controlar a venda informal.

Entre as kínguilas, nos bairros Cassenda e Prenda, há nacionais e estrangeiros, maioritariamente congoleses, que fazem sinais, mal vêem uma viatura estacionar, com lutas entre eles para ganhar o cliente, não escondendo as suspeitas e usando muita discrição.

No Prenda, algumas kínguilas negam ser cambistas. “Não estamos a trocar dólar”, garantem, sempre com a desconfiança de quem tem medo de enfrentar um polícia disfarçado. Mas, logo de seguida, desfeitas as suspeitas, revelam o câmbio. “Estamos a pagar 40 mil kwanzas se quiseres trocar, mas, se quiseres comprar pagas 43 mil kwanzas. Estamos a dar este preço porque está muito difícil conseguir o dólar”, afirma uma cambista, ansiosa para fazer o negócio.

Vasco Contreiras (nome fictício), cambista ambulante há mais de 15 anos, na avenida ‘Revolução de Outubro’, defende que o Governo “deve criar políticas que valorizem as duas partes”. “Está tudo bem que o câmbio de moedas estrangeiras deva ser tutelado por empresas devidamente legalizadas, mas, nós, que vivemos desta actividade informal, sustentamos as nossas famílias com o que ganhamos aqui. O Estado deve, também, zelar por nós porque a nossa vida depende disso”, lamenta, acrescentando que a nova medida cambial do BNA “está a dificultar a vida das kínguilas”.

Tráfico continua

Apesar de a polícia ter desmantelado o fluxo de estrangeiros e de nacionais que faziam a troca informal de notas estrangeiras, como o dólar e o euro, o negócio do câmbio resiste no Mártires do Kifangondo.

Hoje, quem visita com frequência as ruas 14 e 15 do bairro, e outras ruas adstritas, pode ver que já não funciona aquela cidade financeira informal que se tinha transformado numa autêntica ‘Wall Street’ angolana. A presença da polícia é constante. Os estrangeiros só são notados por aqueles que têm estabelecimentos comerciais legalizados, enquanto as ruas são preenchidas por taxistas, transeuntes e zungueiras que vendem frutas e outros produtos.

António Pereira, de 52 anos, mora no Mártires, na rua 14, e sente-se “feliz” porque, no seu bairro, “o fluxo de pessoas já não é como dantes”. “Havia aqui muito câmbio, muito tráfico e prostituição durante a noite até mesmo de dia”, afirma, que “a confusão também diminuiu bastante”.

Apesar da calmaria que o Mártires regista actualmente, a polícia deteve mais alguns nacionais e estrangeiros. Os agentes, tanto da polícia como do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) actuam à paisana.

AQUECIMENTO GLOBAL. Daqui a pouco mais de 80 anos, a temperatura mundial deverá subir mais três graus. Os níveis médios de água do mar vão subir, inundar cidades e afectar milhões pessoas.

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Até aos últimos meses, as negociações sobre as alterações climáticas giravam à volta de uma expectável subida da temperatura de dois graus até 2100. Mas a grande maioria dos estudos e projecções realizados no ano passado aponta para um número diferente: três graus. E se até 2100, a temperatura subir três graus, dezenas de cidades pelo mundo inteiro ficarão completamente submersas.

O ‘The Guardian’, citado pelo ‘Observador’, construiu um artigo interactivo em que apresenta algumas das cidades que se vão tornar ‘Atlântidas’ e estima que 275 milhões de pessoas vão ficar desalojadas.

Osaka, no Japão, é um dos casos mais preocupantes. Com uma subida de temperatura de três graus, a principal cidade comercial japonesa praticamente desapareceria. A economia do país iria sofrer um tremendo rombo e um terço da população de Osaka ficaria sem casa. Tal como várias cidades japonesas, Osaka tem uma rede de barreiras marítimas e outras infra-estruturas costeiras para prevenir eventuais subidas do nível das águas do mar. Que podem não ser suficientes.

Uma subida das águas em meio metro iria destruir também as praias de Alexandria, no Egipto, e deixar oito milhões de pessoas sem sítio para dormir. Um aumento da temperatura mundial de três graus teria um impacto muito maior. Ainda assim, a maior parte dos egípcios não sabe o que são as alterações climáticas e não tem qualquer tipo de noção do risco que as suas cidades correm nas próximas décadas. Magdy Allam, líder do sindicato dos especialistas ambientais árabes, cita um muro construído em 1830 e blocos de cimento como os principais meios de defesa do país.

Mas os desastres iminentes em Osaka e Alexandria não se comparam à magnitude daquele que pode acontecer em Xangai, na China. A cidade piscatória tem o rio Yangtze numa fronteira e é dividida ao meio pelo rio Huangpu; além disso, é constituída por várias ilhas, duas longas linhas costeiras, portos e vários quilómetros de canais e hidrovias. Se a temperatura subir três graus, Xangai desaparece. E leva consigo 17.5 milhões de chineses. Considerada, desde 2012, a cidade mais vulnerável às alterações climáticas, tem debaixo de si o maior sistema de drenagem em toda a China: são 15 quilómetros de tubos que absorvem a água numa área de 58 quilómetros quadrados.

O Ministério das Finanças justificou a exoneração de José Filomeno dos Santos, da presidência do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) com a "falta de transparência" detectada na instituição.

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Em nota, o Ministério indicou que a renovação na administração do FSDEA, decidida na quarta-feira pelo Presidente da República, João Lourenço, aconteceu após uma "avaliação rigorosa", feita com o apoio de uma consultora internacional, "sobre a gestão, alocação dos activos e estrutura de governação corporativa" da instituição.

Por nomeação de João Lourenço, o FSDEA passa a ser dirigido por Carlos Alberto Lopes, até agora secretário para os Assuntos Sociais do chefe de Estado, antigo ministro das Finanças de José Eduardo dos Santos, tendo sido criado, segundo o Ministério das Finanças, um comité de supervisão para garantir "uma gestão mais eficiente e transparente dos recursos estratégicos do Estado".

O fundo gere activos do Estado de 5.000 milhões de dólares e, segundo o Ministério liderado por Archer Mangueira, o diagnóstico realizado concluiu pela "falta de transparência nos processos de contratação dos gestores de activos e prestadores de serviços" ao FSDEA, apontando ainda "um risco elevado resultante da exposição causada pelo volume de activos que se encontram sob gestão de apenas uma entidade externa".

É ainda apontado um "insuficiente reporte" e "um fraco controlo e supervisão às actividades" do FSDEA pelas entidades governamentais, "bem como a ausência de políticas, estratégias e planos de investimentos consistentes e transparentes", apontando a "necessidade de revisão do modelo de governação corporativa".

Em Novembro do ano passado, surgiram denúncias sobre a gestão do FSDEA, relativamente ao suposto recurso desta instituição a paraísos fiscais, divulgado em documentos revelados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI), no âmbito da investigação 'Paradise Papers'.

Em reacção, a administração do FSDEA, liderada por José Filomeno dos Santos, garantiu que todas as operações que realiza são feitas de "forma legítima", ao abrigo dos "mais altos padrões regulatórios".

Na mesma nota, o Ministério das Finanças acrescentou que o Governo está a implementar "acções de reestruturação" do FSDEA para criar "uma adequada estratégia e plano de investimentos", assegurando "maior transparência e controlo da instituição, em alinhamento com as melhores práticas internacionais, melhorando a supervisão" pelos órgãos do Estado, nomeadamente do Presidente de Angola.

"Um dos passos nesta direcção foi a nomeação de um novo conselho de administração que integra quadros nacionais de reputada competência técnica, sólido percurso profissional e idoneidade necessária para o provimento de cargos em instituições financeiras", referiu o Ministério das Finanças.

A mesma informação reconheceu a necessidade de celeridade na conclusão do processo de reestruturação, para garantir que o FSDEA "desempenhe, com mais eficácia, o seu papel na estabilização macroeconómica e sustentabilidade financeira do país, garantido, deste modo, prosperidade às futuras gerações".

O ministro da Comunicação Social, João Melo, visitou, nesta quarta-feira, 10, as redacções dos jornais Nova Gazeta e Valor Económico, onde se inteirou do funcionamento interno das duas publicações.

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Na ocasião, o governante manifestou-se preocupado com a qualidade dos estudantes finalistas do curso superior de Comunicação Social, no país, tendo realçado que, em função deste quadro, o pelouro que dirige está a estudar a possibilidade da criação de um curso de extensão para que os quadros em causa estejam à altura das exigências actuais deste específico mercado de trabalho.

Esta é a primeira visita que o ministro João Melo efectua a estes órgãos de Comunicação Social, em particular, após a sua nomeação a 28 de Setembro de 2017, pelo Presidente da República, João Lourenço.