Valor Económico

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CONTRABANDO. Em Dezembro do ano passado, as autoridades do Camboja apreenderam, perto da capital, Phnom Penh, 1,3 toneladas de marfim numa carga de madeira procedente de Moçambique.

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Quase uma tonelada de presas de elefantes foi apreendida no Camboja, uma das portas de entrada na Ásia do lucrativo tráfico de marfim procedente de África, anunciaram as autoridades na semana passada.

“Algumas das peças de marfim foram cortadas em pedaços para poderem ser escondidas no meio de uma carga de madeira”, declarou Lim Bun Heng, vice-procurador da província de Preah Sihanouk, no Sul do Camboja, à agência de notícias francesa AFP. No total, foram contabilizados 279 pedaços, com um peso de 940 quilogramas.

O porto comercial de Sihanoukville é o maior do Camboja e também a principal via de acesso ao país, vizinho da China, que é um dos grandes consumidores de marfim do mundo.

A carga, importada da Costa do Marfim por uma sociedade com sede em Moçambique, “destinava-se a um país terceiro”, detalhou o vice-procurador, sem referir a China. “Quando os contentores chegaram ao porto, nós identificámos objectos suspeitos no ‘scanner’. Pedimos ao proprietário da empresa para abrir os contentores, mas ninguém apareceu”, indicou Lim Bun Heng.

A falta de resposta e o procedimento administrativo que se seguiu explicam o atraso na abertura do contentor em causa, que chegou em Dezembro do ano passado, de acordo com o mesmo responsável.

Também em Dezembro do ano passado, as autoridades do Camboja chegaram a apreender, perto da capital, Phnom Penh, 1,3 toneladas de marfim numa carga de madeira procedente de Moçambique. Na altura, as autoridades referiram claramente que a carga tinha como destino a China. As duas apreensões podem estar relacionadas, segundo a procuradoria cambojana, face às semelhanças detectadas: a ligação com Moçambique, bem como a forma de dissimular o marfim, no meio de uma carga de madeira.

Estas apreensões colocam em relevo o papel-chave desempenhado pelo Camboja no tráfico de marfim.

O marfim, cujo comércio é proibido, é apreciado pela sua beleza na Ásia em geral, mas particularmente na China, onde peças refinadas e jóias são fabricadas com esse material. Ambientalistas, segundo a Lusa, estimam que o Camboja, país pobre conhecido pela corrupção das autoridades, se tenha tornado num importante ponto de trânsito do marfim africano nos últimos anos.

O preço dos produtos vigiados registou uma queda de cerca de 18%, no início deste mês, comparativamente a igual período do ano passado, altura em que o total dos produtos coleccionados neste ‘pacote’ atingiu preços máximos de 32.692,49 kwanzas contra os 26.921,29 deste ano.

quadra festiva

Os dados estão expressos no recente relatório sobre o Índice dos Produtos de Preços Vigiados (IPPV), elaborado pelo Instituto de Preços e Concorrência do Ministério das Finanças, referente ao período entre 4 e 8 de Dezembro.

Estes números poderão sinalizar uma tendência de preços baixos durante a ‘quadra festiva’. A confirmar-se será a repetição do cenário de 2016, altura em que o Governo decidiu pôr 32 produtos como arroz, leite, pão, entre outros, numa lista de ‘preços vigiados’.

Em 2015, na sequência da crise económica, os preços em Luanda chegaram a aumentar em mais de 14%, segundo dados oficiais, tendo alguns produtos, sobretudo bens alimentares, duplicado de preços.

Os preços dos produtos vigiados, ao que parece, resistem os efeitos da crise, mantendo-se em níveis mais baixos em relação aos anos anteriores. Na comparação semanal, o quadro permanece quase inalterado.

PREÇOS DESCEM

Os supermercados registaram quedas do preço de 14 dos 32 PPV, em Luanda, no período entre 4 e 8 de Dezembro, segundo ainda o relatório do Ministério das Finanças.

O quilo de arroz, por exemplo, que, na semana entre 27 de Novembro e 1 de Dezembro, estava a ser comercializado a 290 kwanzas, baixou cerca de 0,95% para 287 kwanzas. O mesmo sucedeu com o óleo de soja que reduziu cerca de 5,6% o litro, estando a custar 542 kwanzas, no período em análise, contra os 574 da semana anterior.

No geral, as maiores reduções de preços, verificadas em supermercados, foram em relação a produtos como o carapau que quedou 10,96% e o pão bola (14,76%). No entanto, os maiores aumentos ocorreram em produtos como alface (8,94%) e cenoura (7,32%).

Nos armazéns grossistas, as maiores reduções de preços verificaram-se em produtos como carapau (17,95%) e frango congelado (12,66%). O sabão em barra, com 17,39%, e a carne seca (14,25%) foram os produtos que tiveram maiores aumentos

O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, reconheceu que as acções do Presidente da República, João Lourenço, "vão ao encontro dos anseios do povo por mudança ".

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Isaías Samakuva, que falava na abertura da III reunião ordinária da comissão política do seu partido, reforçou que “é assim que deve ser”. “Temos de reconhecer, o Presidente João Lourenço surpreendeu-nos”, afirmou, “tem-se comportado como verdadeiro Presidente de uma República”.

O líder da UNITA reconheceu que “há sinais positivos dados por João Lourenço nestes primeiros dias de governação”, afirmando que “as forças da continuidade e do bloqueio à mudança” não têm alternativa senão fazer meia culpa e implementar as reformas políticas.

O político refutou a ideia segundo a qual João Lourenço deixou a oposição sem discurso e lembra que “estão enganadas as pessoas que assim pensam porque é exactamente o contrário. Ao referir-se ao discurso do Presidente da República no encerramento do seminário sobre corrupção, disse que agora os angolanos esperam que João Lourenço passe das palavras aos actos.

Por isso, a propósito da fiscalização dos actos do Executivo pelo Parlamento, Samakuva pede anulação do acórdão que impede o Parlamento de fiscalizar o Executivo ou legislação urgente e específica sobre o assunto para evitar que as “forças de bloqueio” continuem a utilizar o poder judicial como veículo instrumental para subverter a Constituição.

O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, desafiou o MPLA a juntar-se aos parlamentares do seu partido para a aprovação de um Projecto de Lei sobre o Regime Extraordinário de Regularização Patrimonial. Samakuva sublinhou que já tem pronto o projecto e pretende submetê-lo ao Parlamento para possibilitar o retorno ao país dos capitais levados ao exterior, o seu registo nas contas nacionais e a tributação dos respectivos rendimentos.

Este deve ser um dos passos concretos a ser dado pelo MPLA, se quer de facto, combater a corrupção, salientou, acrescentando que o fundo a arrecadar deve ser incluído como receita extraordinária do OGE para 2018. Segundo o político, estas receitas devem ser aplicadas na redução da fome e da pobreza, no combate à criminalidade, incluindo a alta corrupção, entre outras medidas.

Se o MPLA não der estes passos concretos para combater a impunidade e a corrupção, declarou, então os angolanos irão concluir que todo este discurso não passa de retórica e de sobrevivência política.

Somas bilionárias

O presidente da UNITA, Isaías Samukuva, defendeu a inclusão dos fundos repatriados numa rubrica específica do OGE de 2018, como receitas extraordinárias. Citando pesquisadores, Samakuva afirmou que Angola tem uma riqueza líquida privada estimada em 75 mil milhões de dólares, a sexta maior do continente.

Esta riqueza, prosseguiu, foi gerada pela economia nacional mas não está registada nas contas nacionais e pertence a 320 entidades multimilionárias, que detêm um património individual superior a 10 milhões de dólares e 6.100 entidades milionárias, com fortunas de um milhão de dólares. Na sua visão, não basta decretarem-se amnistias e fazerem-se exonerações.

O país precisa de medidas urgentes e efectivas para se travar a fuga de capitais, legitimarem-se os investimentos e concretizar-se a justiça social. O político pede igualmente que o MPLA viabilize, no Parlamento, os sucessivos pedidos da UNITA para a constituição de Comissões Parlamentares de Inquérito para fiscalizar os actos do Executivo, em particular as contas da Sonangol, o papel do Estado na recuperação de uma banco privado, o Banco Espírito Santo Angola e o desempenho do Fundo Soberano de Angola.

A guarda-costeira turca resgatou nesta quinta-feira (14), 51 migrantes, entre eles 15 crianças, no mar Egeu, em frente ao litoral da Turquia, depois do naufrágio da embarcação.

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As forças de segurança, que receberam o aviso durante a noite, lançaram uma operação para resgatar os migrantes que haviam encalhado em uma rocha no mar, em frente à cidade turca de Dikili, segundo comunicado da guarda-costeira.

A agência de notícias estatal Anatólia informou em um primeiro momento que 68 migrantes foram encontrados. Cinco crianças e uma mulher foram evacuados por helicóptero, e os demais migrantes foram conduzidos por mar a Dikili, informou o comando da guarda-costeira, que não mencionou nenhuma vítima, nem desaparecidos.

Segundo a Anatólia, os migrantes resgatados são afegãos, sírios, malianos e angolanos. Nove deles foram ao hospital.

Angola vai encerrar, a partir do início do próximo ano, algumas embaixadas devido à crise financeira que o país atravessa, optando por representações regionais, informou ontem (14) o chefe da diplomacia, Manuel Augusto.

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Manuel Augusto, que falava à imprensa à margem da reunião do conselho diretivo do Ministério das Relações Exteriores, referiu que o país se fará representar a nível das diversas regiões por uma embaixada e não por várias como acontece até agora. "Não podemos manter embaixadas e consulados com o pessoal a passar dificuldades", disse Manuel Augusto, referindo-se à crise financeira.

Segundo o ministro, essa medida decorre no âmbito da reestruturação daquele ministério, que tem em curso um inquérito sobre irregularidades nas áreas dos recursos humanos e no Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior.

O governante referiu que com as conclusões do referido inquérito, prevista para os próximos dias, ficará facilitada a tomada de medidas que se afigurarem adequadas.