A entrada em órbita do Angosat1 está prevista para dia 26 deste mês, pelas 19 horas, depois de concluída a fase de integração do satélite angolano ao módulo lançador. O lançamento será feito por meio do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão. A informação foi avançada hoje (21), à Angop, pelo ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, nas vestes de coordenador geral do Programa Espacial Nacional. O Angosat, construído na Rússia, com mil 55 quilogramas e 262.4 quilogramas de carga útil, ficará na posição orbital 14.5 E e terá uma potência de três mil 753 W, na banda CKu, com 16C+6Ku repetidores. Terá 15 anos de "vida útil". Como satélite geoestacionário artificial, o Angosat estará localizado a 36 mil quilómetros a nível do mar. Sua velocidade coincidirá com o da rotação da terra e conseguirá cobrir um terço do globo terrestre. O centro de controlo e missão de satélites do Angosat1 encontra-se na comuna da Funda, norte da província de Luanda. O satélite angolano vai possuir um centro primário de controlo e missão em Angola e outro secundário na Rússia, em Korolev. Este é um dos sete projectos do Programa Espacial nacional. A 13 de Novembro de 2017, o vice-primeiro-ministro da Federação Russa, Yuri Trutnev garantiu que o satélite AngoSat-1, construído pela Corporação Energética de Míssil e Espaço da Rússia, para o Governo angolano, está programado para ser lançado neste mês. Em 2009 firmou-se o contrato entre Angola e a Rússia, representados pelo Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação da República de Angola e FSUE ‘Rosoboronexport’, respectivamente, para a construção, lançamento e operação do satélite ANGOSAT-1. O ANGOSAT é a denominação do primeiro satélite angolano geoestacionário que fornecerá oportunidades de expansão dos serviços de comunicação via satélite, acesso à internet, rádio, e transmissão televisiva.
Valor Económico
O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) anunciou, nesta quarta-feira, uma previsão de 40,5 milhões de dólares de lucro no terceiro trimestre de 2017, com activos totais avaliados em 5.030 milhões de dólares. Em comunicado, citado pela Lusa, a instituição refere que os resultados provisórios em causa reflectem o estado do portefólio no período de 01 de Julho a 30 de Setembro de 2017. O "desempenho favorável" é justificado com as aplicações em títulos e valores mobiliários, que geraram uma margem bruta de 117,5 milhões de, refere o FSDEA, liderado por José Filomeno dos Santos. O presidente do conselho de administração daquele fundo destaca, na mesma informação, que o "desempenho e rentabilidade favoráveis", registados desde 2016, "continuaram durante o terceiro trimestre de 2017". "No âmbito do mandato do FSDEA prevemos a realização de mais investimentos em diversos ramos, que criarão cada vez mais valor para o portefólio, gerando também oportunidades de geração de renda para os cidadãos nacionais e os de países vizinhos. O ganho resiliente de capital registado de 2016 a 2017 confirma a eficácia da estratégia de ‘privateequity' adotada pelo FSDEA. Por este motivo, prevemos o aumento contínuo do valor deste tipo de aplicação ao longo do ano em curso", sustenta José Filomeno dos Santos.
O Ministério da Agricultura e Florestas confirmou, quarta-feira, após análises laboratoriais, a utilização de "dejetos humanos em estado natural" numa quinta de produção agrícola nos arredores de Luanda, tendo ordenado a interdição dos produtos. A informação surge numa nota enviada à Lusa por aquele ministério, que anunciou a 13 de Dezembro que estava a investigar denúncias sobre o recurso a fezes humanas como adubo na quinta de produção de hortaliças Eclebri, sita no Bairro Benfica, Município de Belas, em Luanda. De acordo com aquele ministério, foram analisados no laboratório central, entre outros produtos, e além do próprio estrume, tomate miúdo verde, tomate miúdo vermelho, cebola chinesa, pepino e couve chinesa, produzidos naquela quinta, com recurso a exames de parasitologia. "Pelo exame directo e cheiro das amostras, conclui-se que as amostras são excrementos de origem humana e não foram devidamente curtidas [adubadas] para ser aplicados na produção de hortícolas conforme recomendado tecnicamente", informou o Ministério da Agricultura e Florestas. Face aos "parâmetros encontrados nesses alimentos", o certificado de qualidade do laboratório considerou os referidos produtos como "impróprios para o consumo humano", acrescentou. Como "medidas a adoptar", o Ministério da Agricultura e Florestas, através da Direcção Provincial da Agricultura e Floresta de Luanda, garante que vai "trabalhar com os outros órgãos" do governo provincial para "interditar a produção e comercialização dos produtos". As suspeitas resultaram de relatos difundidos desde 10 de Dezembro, nomeadamente nas redes sociais, sobre a utilização de "dejetos humanos" na produção de hortícolas por uma empresa chinesa. O caso tem vindo a ser comentado nas redes sociais, perante as preocupações dos consumidores com a eventual entrada destes produtos na cadeia alimentar. "O uso de dejetos humanos na agricultura, sem a necessária e recomendável compostagem, pode colocar em risco a saúde, não apenas dos trabalhadores, mas também dos possíveis consumidores desses hortícolas, sendo que as bactérias coliformes e parasitas presentes nas fezes humanas podem provocar doenças diversas", recordou anteriormente o ministério.
Um Comité Executivo para Acompanhamento e Reforço da Implementação das Medidas de Protecção e Conservação da Palanca Negra Gigante foi criado nesta quarta-feira por despacho do Presidente da República, João Lourenço. A nova entidade é coordenada pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, sendo membros os ministros da Defesa Nacional, do Interior, do Ambiente, da Hotelaria e Turismo e o secretário do Presidente da República para os Assuntos Locais e Regionais. O despacho presidencial, que cria o Comité Executivo para Acompanhamento e Reforço da Implementação das Medidas de Protecção e Conservação da Palanca Negra Gigante, determina que o referido comité seja apoiado por uma Unidade Técnica coordenada por Vladimir Russo. Na referida comissão, Vladimir Russo vai representar a Fundação Kissama, integrando os seguintes membros: Pedro Vaz Pinto; Jesus António Manuel; um representante do Governo Provincial de Malanje e um representante do Instituto Nacional de Biodiversidade e Áreas de Conservação. Segundo o documento, citado pela Angop, o Comité Executivo funcionará num período de três anos, devendo as suas actividades serem financiadas pelo Fundo do Ambiente e por outras fontes, internas ou externas, que vierem a ser identificadas ou convencionadas, nos termos da Lei. Ministros com 120 dias para desburocratizar importações e exportações Num outro despacho, tornado público ontem, o Presidente da República criou uma Comissão de Trabalho Interministerial para Questões de Simplificação e Desburocratização do Processo de Importação e Exportação de bens para a Economia Nacional. Coordenada pelo ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, a Comissão integra os ministros das Finanças, da Economia e Planeamento, do Comércio, dos Transportes, da Saúde, da Agricultura e Florestas e o secretário para os Assuntos Judiciais e Jurídicos do Presidente da República. A Comissão tem 120 dias para estudar e propor alterações necessárias à boa execução da legislação sobre matéria de simplificação e desburocratização do processo de importação e exportação.
João Lourenço nomeia procuradores gerais-adjuntos
O Chefe de Estado, João Lourenço, nomeou hoje, quarta-feira (20), quatro novos procuradores gerais-adjuntos da República, sob proposta do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público. Segundo uma nota da Casa Civil do Presidente da República, trata-se de Domingos Manuel Dias, Celestino Paulo Benguela, Júlia Rosa Agostinho Pereira de Lacerda Gonçalves e João Luís de Freitas Coelho. Em outros decretos divulgados terça-feira, o Chefe de Estado exonerou Luís de Assunção Pedro da Mota Liz, do cargo de Procurador-Geral Adjunto da República, e António Adriano António, do cargo de Procurador-Geral Adjunto da República para a Esfera Militar. Na sequência, o estadista nomeou Luís de Assunção Pedro da Mota Liz, para o cargo de Vice-Procurador Geral da República, e Adão Adriano António, para os cargos de Vice-Procurador Geral da República para a Esfera Militar e Procurador Militar das Forças Armadas Angolanas.
Falta de plano de emergência, tratamento das bagagens e indifinição do operador...