Valor Económico

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A greve anunciada para amanhã, quinta-feira, pelos trabalhadores da empresa pública angolana de Produção de Electricidade (Prodel) no aproveitamento hidroeléctrico de Cambambe, no Kwanza-Norte, foi suspensa hoje (quarta-feira), com o sindicato a garantir “negociações avançadas com o patronato”.

A informação foi transmitida à Lusa por Fernando Romão, membro da comissão sindical da Prodel, assinalando que, por esta altura, as negociações com a entidade patronal “decorrem a bom ritmo”, motivo para o “adiamento da greve” convocada para 15 de Junho.

Ajustamentos salariais, cortes de vários subsídios e de outras regalias fazem parte das queixas dos cerca de 100 trabalhadores da Prodel, pontos que constam do caderno reivindicativo remetido já à entidade empregadora.

O presidente do conselho de administração da Prodel, José António Neto, admitiu haver assuntos constantes do caderno reivindicativo dos funcionários "passíveis dessas reclamações", mas sublinhou que a greve anunciada não se justificava por estarem a decorrer as negociações com o sindicato.

“Continuamos dentro de um prazo que foi acordado, de 45 dias, e a comissão Sindical de Cambambe está à espera que apresentemos o estudo que estamos a fazer a nível dos recursos humanos e de outras áreas da empresa.

Nós admitimos que há alguns aspectos que sejam passíveis dessas reclamações, estamos aqui para corrigir e é isto que estamos a fazer", sustentou.

De acordo com José António Neto, a Prodel conta, a nível nacional, com 2.500 trabalhadores, 100 dos quais estão colocados no aproveitamento hidroeléctrico de Cambambe, no rio Kwanza. A barragem de Cambambe foi alvo de trabalhos de alteamento e reforço de potência, sendo actualmente o maior centro produtor de electricidade em Angola, com uma potência instalada de 960 MegaWatts (MW).

O primeiro lote com material para as eleições de 23 de Agosto chegou hoje (quarta-feira), a Luanda, a bordo de um Boeing 747-400, no aeroporto Internacional 4 de Fevereiro.

O material, que se destina à formação dos indivíduos que vão trabalhar nas assembleias de voto a 23 de Agosto, é proveniente de Espanha e foi entregue ao presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), André da Silva Neto, pelo responsável da empresa Indra.

André da Silva Neto, durante o acto, fez saber que serão mobilizadas cerca de cem mil pessoas, que irão trabalhar nas referidas assembleias. O primeiro lote, de cem toneladas de carga, é composto maioritariamente por urnas plásticas, entre outros equipamentos.

O Ministério da Indústria realiza amanhã (quinta-feira), em Luanda, um ‘workshop’ sob o tema ‘Conferir Confiança no Sector da Construção em Angola’, no quadro das festividades alusivas ao Dia Mundial da Acreditação, cuja efeméride se assinalou a 9 deste mês.

Durante o evento, serão abordados temas como ‘A importância da qualidade dos materiais de construção em obras públicas e privadas’, ‘Serviços de laboratório de materiais de construção’, entre outros.

O encontro surge sob iniciativa do Instituto Angolano de Acreditação (IAAC), em parceria com o Instituto Angolano de Normalização (IANORQ) e o Instituto Regulador da Construção Civil e Obras Públicas (IRCCOP), visando criar factores de abordagem sobre temáticas ligadas à acreditação.

A comemoração do Dia Mundial da Acreditação foi instituída pelo Fórum Internacional da Acreditação (IAF) e pela Cooperação Internacional de Acreditação de Laboratórios (ILAC), órgãos de que Angola é parte signatária.

A data surge como uma iniciativa global para aumentar a consciencialização e importância da acreditação, cujo lema para este ano é ‘Fornecendo Confiança no Sector da Construção’.

O tema baseia-se em como a acreditação pode apoiar os profissionais na indústria da construção, desde empreiteiros, fabricantes, designers, arquitectos, engenheiros civis, reguladores, entre outros.

O Banco de Negócios Internacional (BNI), na qualidade de agente, liderou o sindicato bancário que concedeu um financiamento ao Ministério das Finanças no valor em kwanzas equivalente a 400 milhões de dólares norte-americanos, mediante a emissão de Títulos de Tesouro até 10 anos, informou a instituição em comunicado divulgado na passada segunda-feira, em Luanda.

Segundo a nota de imprensa, o BNI lidera o financiamento em moeda nacional de um dos maiores projectos relevantes de incentivo do tecido produtivo angolano, contribuindo para a consequente afirmação e diversificação sectorial da nossa economia.

A primeira fatia disponibilizada, no montante equivalente em kwanzas a cerca de 97 milhões de dólares, contou com a participação do Banco Millennium Atlântico e do BAI (Banco Angolano de Investimentos), que teve como destino o aproveitamento hidroeléctrico de Laúca, em construção no rio Kwanza.

O aproveitamento hidroeclétrico de Laúca, cuja construção teve início em 2012, abrange uma área de 24 mil hectares, incluindo a albufeira. Possui uma capacidade de produção projectada de 2.070 megawatts de energia e constitui o maior projecto de engenharia civil e de energia de Angola, estando o seu custo estimado em 4,5 mil milhões de dólares.

O custo inclui as obras de construção civil, produção, fornecimento e colocação em serviço do sistema de transporte de energia a partir do rio Kwanza, no qual existem também as barragens de Cambambe, com 960 megawatts, e Capanda, com 520 megawatts.

O Ministério dos Transportes vai receber um crédito adicional no Orçamento Geral do Estado (OGE) 2017 de mais de 30 mil milhões de kwanzas, para suportar as despesas no âmbito do Programa de Investimento Público (PIP).

O Decreto Presidencial n.º 122/17, de 9 de Junho fixa o crédito adicional mais exactamente em 30.815.923.530,00 (trinta mil, oitocentos e quinze milhões, novecentos e vinte e três mil, quinhentos e trinta kwanzas).

O câmbio oficial do dia fixa em cerca de 168 kwanzas o custo de um dólar norte-americano. A lei nº 15/10, de 14 de Julho (Lei do Orçamento Geral do Estado) determina, no n.º 1 do artigo 27.º, que os créditos suplementares especiais são autorizados por lei e abertos por Decreto Presidencial.