Angola e a Espanha registaram um aumento, nos últimos cinco anos, nas suas trocas comerciais, que supera os mil milhões de dólares, anunciou hoje (21) a embaixadora espanhola em Angola, Júlia Romero. Júlia Romero, que está em final de mandato, foi hoje recebida em audiência pelo chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, e no final, em declarações à imprensa, a diplomata disse que abordou o estado das relações de cooperação bilateral, manifestando a disponibilidade do Governo espanhol de continuar a apoiar Angola. A embaixadora de Espanha em Angola realçou a linha de crédito concedida pelo Governo espanhol ao país lusófono, no valor de 1,6 mil milhões de dólares, para a construção de infraestruturas. A cooperação entre os dois países tem como interesse as áreas de energia e águas, telecomunicações, petróleos, transportes, indústria, minas e turismo. Em Angola, estão presentes 60 empresas espanholas a desenvolverem negócios nos sectores acima enumerados.
Valor Económico
Eleições não vão atrapalhar calendário escolar
O Ministério da Educação (MED) garante que o calendário escolar 2017 não será alterado com a realização das eleições gerais de 23 de Agosto, contrariando, deste modo, “falsas informações” postas a circular nas redes sociais. Num comunicado enviado à redacção do VE, o MED reafirma que “o calendário escolar de 2017 se mantém válido e que as eleições de Agosto próximo em nada provocarão qualquer alteração ao mesmo”. O órgão ministerial reitera, portanto, que, com vista a assegurar a tranquilidade e o normal funcionamento das instituições de ensino primário e secundário no período eleitoral, “as provas do segundo trimestre serão realizadas a partir de 31 de Julho e a pausa para os alunos vai decorrer de 14 a 25 de Agosto, como previsto no calendário escolar vigente.
O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola vai financiar com 28,8 milhões de dólares (25,2 milhões de euros) projectos envolvendo pequenos agricultores do Kwanza-Sul e da Huíla. A informação consta de um recente despacho presidencial em que José Eduardo dos Santos autoriza os termos do financiamento a atribuir por aquele organismo internacional, para a cobertura do Projecto de Desenvolvimento e Comercialização de Agricultura de Pequenos Agricultores (SAMAP) naquelas duas províncias do centro e sul do país. O IFAD (International Fund for Agricultural Development), criado em 1976, é a agência da Organização das Nações Unidas responsável pela mobilização de recursos financeiros complementares para garantir o desenvolvimento agrícola dos países em desenvolvimento, nomeadamente em África. De acordo com informação do IFAD consultada hoje (21) pela Lusa, o programa SAMAP pretende contribuir para o "aumento da produtividade dos pequenos agricultores", através da formação das competências técnicas, organizacionais e de gestão. Também vai permitir apoiar o desenvolvimento de políticas "mais propícias e um ambiente favorável para a agricultura de pequenos agricultores". O programa SAMAP será apoiado ainda pela FAO, a organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, na área da formação.
Malanje vai ter Casa da Juventude em breve
Malanje deverá ter, nos próximos tempos, uma casa da juventude que permitirá acolher dezenas de alunos da província que pretendam seguir os estudos universitários. A construção da infra-estrutura, que vai custar aos cofres do Estado quase 39 milhões de euros, faz parte de um projecto que foi aprovado por despacho de 7 de Julho pelo Presidente, José Eduardo dos Santos, e que é justificada pela "necessidade de acomodar os estudantes que tenham concluído o ensino secundário e queiram dar continuidade aos estudos universitários em Malanje". "Por ser o único que possui instituição de ensino superior na província", refere o documento. Trata-se de uma empreitada atribuída à empresa China Camc Engineering, segundo o mesmo documento, que autoriza o governador provincial a celebrar o contrato, e que, além da construção propriamente dita, envolve ainda o seu apetrechamento.
Ferrangol vai retomar exploração de ferro na Huíla
A Ferrangol, empresa estatal responsável pela exploração de ferro de Cassinga, na Huíla, está a negociar com um parceiro estrangeiro o investimento necessário à retoma da actividade, interrompida face à baixa do preço daquela matéria-prima. A informação foi avançada pelo ministro da Geologia e Minas de Angola, Francisco Queiroz, tendo acrescentado que a produção de ferro de Cassinga, na Jamba, deverá avançar em breve. Salientou mesmo que, neste momento, o projecto está com a Ferrangol, que está a negociar com um "grande investidor de classe mundial" para o regresso à exploração. "Cassinga já esteve numa fase boa, já chegou a empregar 1.200 pessoas, mas, infelizmente, o preço do ferro no mercado internacional baixou e os promotores do projecto começaram a ter dificuldades de manutenção do ponto de vista financeiro", disse Francisco Queiroz. Segundo o ministro, citado pela Angop, devido à conjuntura, houve necessidade de se negociar a saída desses parceiros e o Estado assumir, através da Ferrangol, o projecto. "As negociações estão a decorrer bem, e, em breve, voltam [investidores] ao país para mais um levantamento em Cassinga", informou o ministro, manifestando esperança que o projecto arranque "dentro de pouco tempo". O titular da pasta da Geologia e Minas referiu que as reservas de Cateruca, uma das minas do projecto integrado de Cassinga, já podem ser exploradas, augurando que o novo parceiro da Ferrangol se interesse pela mesma. O projecto integrado de Cassinga conta com as minas de Cassinga e Cateruca, apresentando um potencial de 15 milhões de toneladas de ferro para uma década de exploração, numa ordem anual de 1,5 milhões de toneladas.
O ESTADO DE EXCEPÇÃO NÃO PERMITE TUDO AO SR. INSTABILIDADE